
A Brava Energia (BRAV3) registrou prejuízo líquido proforma de R$1,02 bilhão no quatro trimestre de 2024. O montante disponibilizado em seu balanço divulgado na quinta-feira (20), reverteu um lucro líquido de R$474,7 milhões registrado no mesmo período de 2023.
O resultado veio pior do que previsto por analistas consultados pela Bloomberg, que projetavam baixa de R$401 mi. A empresa atribuiu o resultado a desvalorização do câmbio no período. Houve duas paradas no trimestre em seus campos de produção de Atlanta e Papa-Terra, que já foram retomadas.
“O prejuízo foi um evento contábil levado pela desvalorização da moeda” afirmou a companhia em nota que indicou não ter efeito prático em suas atividades ou em fluxo de caixa. A Brava resultou da fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta.
Apesar da declaração, o Ebitda ajustado da companhia (que mede o lucro após amortizações, juros e impostos) apresentou recuo de 41% na comparação anual, fechando 2024 no valor de R$505,2 milhões.
A receita líquida apresentou redução de 14,3% na base anual com R$1,95 bilhão no último trimestre de 2024. A comparação com 2023 considera os números das 3R Petroleum e Enauta somados, uma vez que a fusão foi efetivada em agosto do ano passado, 2024.
Brava vai vender produção do Campo de Atlanta para Shell
A Brava Energia (BRAV3) fechou um acordo com a Shell para vender o óleo produzido no Campo de Atlanta, como anunciou a empresa brasileira nesta sexta-feira (14). O contrato, que não teve valor divulgado, prevê condições flexíveis que possibilitam compartilhamento de ganhos logísticos e operacionais.
Em fato relevante, a Brava afirmou que o contrato está atrelada a preços de referência de bunker de baixo enxofre no mercado internacional. O Campo de Atlanta é operado pela Brava, com 80% de participação no ativo, enquanto 20% são da Westlawn.