Até dia 21

BC: Brasil tem fluxo cambial negativo de US$6,765 bi em março

Já no acumulado deste ano até o dia 21 de março, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$ 14,312 bilhões, segundo o BC

Foto: reprodução
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O BC (Banco Central) informou nesta quarta-feira (26) que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 6,765 bilhões em março até o dia 21, em um movimento impulsionado pela via financeira.

Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$ 6,754 bilhões em março até o dia 21, segundo o BC. A instituição detalhou que esse canal recebe operações como os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras opções.

Enquanto isso, através do canal comercial, o saldo de março até o dia 21 foi negativo em US$ 11 milhões. Considerando somente a semana passada, de 17 a 21 de março, o fluxo cambial total foi negativo em US$ 3,664 bilhões.

Já no acumulado deste ano até o dia 21 de março, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$ 14,312 bilhões, segundo o BC.

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado.

BC tem déficit de US$ 8,8 bi em fevereiro, abaixo do esperado

Em fevereiro, o Brasil registrou um déficit de US$ 8,758 bilhões na conta corrente, de acordo com dados divulgados pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (26). O valor foi ligeiramente superior ao saldo negativo de US$ 8,655 bilhões observado em janeiro.

O déficit apurado em fevereiro foi menor do que o esperado pelo mercado. A mediana das projeções da pesquisa Projeções Broadcast indicava uma expectativa de rombo de US$ 9,0 bilhões, e as estimativas variavam entre um déficit de US$ 11,30 bilhões e US$ 3,730 bilhões, com todos os analistas prevendo um resultado negativo.

Embora o déficit tenha ficado abaixo das previsões, ainda representa o maior valor para o mês de fevereiro desde 2014, quando o saldo negativo da conta corrente foi de US$ 8,905 bilhões. No acumulado do ano, o Brasil já apresenta um rombo de US$ 17,318 bilhões na conta corrente.

Além disso, o déficit acumulado nos últimos 12 meses também registrou aumento. Em janeiro, o rombo representava 3,02% do PIB (Produto Interno Bruto), mas em fevereiro esse número subiu para 3,28%, o maior patamar desde maio de 2020, quando o déficit chegou a 3,46% do PIB.

Esses dados indicam uma pressão crescente sobre as transações correntes do país, o que pode ter implicações para o equilíbrio das contas externas nos próximos meses.