A Irena (Agência Internacional de Energias Renováveis) comunicou nesta quarta-feira (26) que houve um aumento recorde global de 15,1% na participação de fontes renováveis em 2024. As formas de energia limpa representaram 46% da capacidade instalada no mundo. No Brasil, a parcela de geração de energia limpa subiu de 85,8% em 2023 para 86,9% em 2024.
Segundo o Caderno de Capacidade Renovável, divulgado anualmente pela agência, as fontes atingiram 4.448 GW (gigawatts) de capacidade em 2024, um aumento de 585 GW.
Mesmo assim, segundo a Irena, o progresso está aquém dos 11,2 terawatts necessários para atingir a meta global de triplicar a capacidade instalada de fontes limpas até 2030. “Para chegar a esse objetivo, a capacidade renovável deve passar a aumentar 16,6% anualmente até 2030”, disse a agência, baseada em Abu Dhabi. Segundo o Valor, a meta foi estabelecida na COP28.
“Olhando para o futuro, precisamos ver um ritmo muito mais rápido de crescimento de usinas de energia renovável e geração distribuída de eletricidade ao redor do mundo”, afirmou o presidente da Irena, Francesco La Camera, em nota.
Alckmin defende retirar alimentos e energia do cálculo da inflação
Geraldo Alckmin, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, defendeu nesta segunda-feira (24) que os preços de alimentos e de energia sejam retirados do cálculo da inflação. Ele também indicou que esta medida deveria ser estudada pelo BC (Banco Central).
“Não adianta eu aumentar os juros, porque não vai fazer chover, eu só vou prejudicar a economia. E no caso do Brasil, pior ainda, porque aumenta a dívida pública”, disse Alckmin durante evento promovido pelo jornal “Valor Econômico”.
“Eu acho que é uma medida inteligente a gente realmente aumentar o juro naquilo que pode ter mais efetividade na redução da inflação”, defendeu. “Entendo sim que é uma medida que deve ser estudada pelo Banco Central brasileiro.”
No decorrer de seu discurso, Alckmin aproveitou para defender também a ideia das medidas de alta de preços utilizadas pelo Fed (Federal Reserve) para sua meta de inflação. Atualmente, o banco central norte-americano tem a meta inflacionária de 2%.