No pregão desta quinta-feira (27) os papéis da Americanas (AMER3) despencam cerca de 25,86%, por volta das 15h15, a R$ 6,72. Isto por conta do balanço trimestral divulgado pela empresa referente ao quarto trimestre do ano passado.
A Americanas teve prejuízo líquido de R$ 586 milhões no período, revertendo o lucro do mesmo período de um ano antes, de R$ 2,56 bilhões.
Porém, a explicação para o resultado positivo no quarto trimestre de 2023 é por ter sido meramente contábil, segundo o “Valor”. Na época, a varejista em recuperação judicial teve seu resultado impulsionado por um ganho extraordinário de R$ 4,8 bilhões em impostos.
Contudo, desconsiderando esse efeito, a empresa teria registrado prejuízo de R$ 2,2 bilhões ao fim de 2023, conforme o veículo,
Segundo a diretora financeira Camille Faria, o encerramento da recuperação judicial da Americanas deve ocorrer em média dois anos após o início do processo. Além disso, a executiva destacou que o final da reestruturação dependerá da avaliação e da decisão do juiz responsável pelo caso.
Ainda segundo Faria, a Americanas segue queimando caixa em razão de fatores como os custos da recuperação judicial. Apesar disso, ela aponta que há “muitos créditos fiscais” a serem contabilizados no balanço.
Americanas (AMER3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 586 mi no 4T24
A Americanas (AMER3), que está em recuperação judicial, comunicou nesta quarta-feira (26) que reportou um prejuízo líquido de R$ 586 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), revertendo o lucro bilionário apurado no mesmo período em 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Americanas (AMER3) somou R$ 180 milhões nos últimos três meses de 2024, contra o Ebitda negativo de R$ 1,18 bilhões apurado na mesma etapa em 2023.
Já a receita líquida consolidada foi de R$ 4,3 bilhões, uma contração de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho do quarto trimestre de 2024 deve, especialmente, as maiores receitas originadas do digital e das lojas de conveniência, que, dentro da estratégia de reestruturação operacional de Americanas, perdeu relevância em 2024.
No acumulado do ano, a receita líquida consolidada foi de R$ 14,3 bilhões, uma contração de 2,8% em relação a 2023.