Enquanto os mercados avaliam as consequências das tarifas de 25% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre todos os carros e caminhonetes fabricados no exterior, a Tesla (TSLA34) surge como um raro ponto positivo.
As ações da Tesla (TSLA34) chegaram a subir 4% na manhã desta quinta-feira (27), mas desaceleraram o avanço para 2,82% às 16h41 (horário de Brasília).
Apesar da alta, o CEO da companhia, Elon Musk, destacou que sua empresa ainda pode enfrentar desafios, mesmo que seus veículos sejam os “mais fabricados nos EUA”.
“É importante observar que a Tesla não está ilesa neste caso”, disse Musk, de acordo com o Investing. “O impacto das tarifas na Tesla ainda é significativo.”
“Para esclarecer, isso afetará o preço das peças dos carros da Tesla que vêm de outros países”, acrescentou. “O impacto no custo não é trivial.”
Quando questionado em coletiva de imprensa sobre o impacto das novas tarifas automotivas na Tesla, Trump disse que esperava que fosse neutro ou positivo.
“Pode ser neutro, ou pode ser bom”, afirmou Trump sobre o impacto na Tesla. “Ele tem uma grande fábrica no Texas. Ele tem uma grande fábrica na Califórnia. E, para qualquer um que tenha fábricas nos Estados Unidos, isso será bom, na minha opinião.”
Vendas da Volkswagen e BMW superam Tesla (TSLA34) na Europa
As vendas de veículos elétricos da Tesla (TSLA34) na Europa caíram em fevereiro, ficando atrás da Volkswagen, do grupo BMW e de concorrentes chineses, segundo dados da plataforma de pesquisa JATO Dynamics divulgados na segunda-feira (24).
A fabricante de carros elétricos enfrenta dificuldades no continente, em meio à crescente concorrência e ao envolvimento político de seu CEO, Elon Musk. O empresário, aliado próximo do presidente dos EUA, Donald Trump, tem apoiado abertamente partidos de extrema direita na Europa, chegando a promover a Alternative für Deutschland (AfD), da Alemanha, em diversas postagens na rede social X.
Segundo Felipe Munoz, analista global da JATO, fatores como o posicionamento político de Musk, o aumento da concorrência no mercado de veículos elétricos e a eliminação gradual da versão atual do Model Y — seu carro mais vendido — afetaram as vendas da Tesla, como apontou o InfoMoney.