
Entre as recomendações de corretoras e bancos para o mês de abril, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) voltaram a liderar o ranking, segundo levantamento do Broadcast Investimentos com 13 instituições. Anteriormente, em março, a dianteira foi ocupada pelo Itaú, mas agora a estatal aparece em 10 carteiras.
Com o ritmo de recuperação da Petrobras, o Itaú (ITUB4) caiu para a segunda posição em recomendações para o mês de abril, passando de 11 indicações em março, para 9 em abril.
Segundo o levantamento, um fato que chamou a atenção para o mês foi a quantidade de instituições que seguiram com a mesma composição da carteira de março.
A Vale (VALE3) se destacou entre as ações com maior peso dentro do Ibovespa, apresentando um salto de março para abril, saindo da sexta posição para a terceira. Os papéis da mineradora tiveram seis recomendações de compra, mesma quantidade anotada para a Eletrobras (ELET3), segundo a “CNN Brasil”.
Conforme análise do Santander (SANB11), um dos fatores que apontam chance de valorização da ON da mineradora tem sido a retomada mais forte da atividade industrial na China, a recuperação dos preços do minério de ferro em níveis mais elevados, a distribuição de dividendos e programas de recompra de ações e o destravamento de valor com venda minoritária da divisão de Metais Básicos.
Enquanto isso, mesmo não sendo tão recomendada quanto a Petrobras, a Eletrobras ganhou mais exposição para o período, o que, segundo a Ativa Investimentos, explica-se pela finalização do acordo de arbitragem envolvendo a empresa e o governo, o que corroborou o seu status de empresa de capital disperso.
Fitch reitera nota de crédito ‘BB’ da Petrobras (PETR4)
A Fitch Ratings reiterou as notas de crédito em moedas local e estrangeira da Petrobras (PETR4) em “BB” e a nota nacional em “AAA(br)”, todas com perspectiva estável.
Os analistas Adriana Eraso, Lucas Rios e Natalia O’Bryne afirmaram que a nota reflete a posição de dominância da empresa no fornecimento de combustíveis, bem como as amplas reservas de hidrocarbonetos.
Eles notam que as métricas financeiras da Petrobras são saudáveis, com geração de caixa consistente e estrutura de custos sob controle, o que mantém a baixa alavancagem mesmo em cenários de preços baixos do petróleo, como apontou o Valor.
A agência de classificação de risco aponta que a produção da estatal vai alcançar 3 milhões de barris por dia em 2027, em meio à bem-sucedida campanha de renovação de suas reservas e ao início de operação de novas plataformas.