Os países do Golfo estão sendo mais expostos às empresas brasileiras recentemente. A soma das exportações da JBS (JBSS3) à região, por exemplo, chegou a US$ 10,7 bilhões em 2024, enquanto companhias como Ambipar e JBS anunciaram novos investimentos em locais estratégicos como Dubai e Jeddah.
Dois exemplos recentes são os da Ambipar, especializada em emergências ambientais, que abriu escritórios em Abu Dhabi e Dubai, nos Emirados, e planeja criar um centro de treinamento no país; e a JBS, que acaba de inaugurar sua segunda fábrica na Arábia Saudita.
O movimento é reflexo de décadas de intensificação do comércio e das relações diplomáticas do Brasil com a região, segundo a “CNN Brasil”.
Além disso, no ano passado as exportações do país ao bloco somaram US$ 10,7 bilhões em 2024, o que representa um avanço de 14,7% sobre 2023, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Com isso, diversas empresas brasileiras mantêm presença física na região, com instalações que vão de escritórios a fábricas, passando por lojas, franquias e centros de distribuição.
Há ao menos 30 empresas brasileiras atuantes só em Dubai, entre elas algumas bem conhecidas como Vale, BRF, Embraer, Weg, Tramontina, Ornare, Breton, Farm, Havaianas e outras.
O fato do mercado ser abastado, ter mais acesso a outras economias da região e fora dela, além da facilidade de fazer negócios, baixa tributação e ampla disponibilidade de recursos financeiros são influências que têm levado à tendência.
No final do ano passado, por exemplo, a JBS inaugurou no final do ano passado uma nova fábrica em Jeddah, na Arábia Saudita.
“Esta instalação representa um investimento de US$ 50 milhões e tem como objetivo quadruplicar nossa capacidade de produção de produtos de frango de valor agregado no país”, disse a empresa em nota.
Também há outra unidade industrial da JBS na cidade saudita de Dammam. A companhia está no mesmo caminho que a BRF (BRFS3), outro frigorífico brasileiro que está presente na região desde a década de 1970 e há pelos menos 15 anos começou a adquirir empresas de distribuição e a estabelecer fábricas por lá.
Empresas com mais reclamações: Top 10 piores do Procon-SP
O Procon-SP revelou as empresas que mais receberam reclamações fundamentadas em 2024.
O levantamento, baseado nos registros de consumidores que tiveram problemas com atendimento, entrega, cobranças indevidas e outros transtornos, destaca setores como varejo online, serviços financeiros, telecomunicações e energia elétrica.
A campeã de reclamações foi a Yeesco, varejista online de roupas e acessórios, seguida pela Enel e pela plataforma de turismo Hurb Technologies.
As 10 empresas com mais reclamações no Procon-SP em 2024
Abaixo, confira a lista das 10 empresas com mais reclamações registradas no Procon-SP:
Posição | Empresa | Reclamações | Índice de Solução | Posição em 2023 |
---|---|---|---|---|
1º | Yeesco | 10.647 | 29,6% | 25º |
2º | Enel Eletropaulo | 8.508 | 16,04% | 3º |
3º | Hurb Technologies | 7.554 | 0,3% | 1º |
4º | Mercado Livre | 6.049 | 30,5% | 10º |
5º | Itaú Unibanco | 5.753 | 22,8% | 4º |
6º | Bradesco | 5.653 | 28,8% | 5º |
7º | Samsung | 4.990 | 21,1% | 8º |
8º | iFood | 4.276 | 15,9% | 14º |
9º | Santander | 3.899 | 24,3% | 13º |
10º | Claro | 3.767 | 48% | 9º |
Divulgação Procon-SP
Setores mais problemáticos para o consumidor
O ranking do Procon-SP destaca que alguns setores têm alto volume de queixas recorrentes:
- Varejo Online: Yeesco e Mercado Livre lideram as reclamações sobre atrasos e não entrega de produtos.
- Serviços Financeiros: Bancos como Itaú, Bradesco e Santander acumulam queixas de cobranças indevidas, fraudes e dificuldades no atendimento.
- Energia Elétrica: A Enel Eletropaulo é criticada pela falta de resposta a consumidores em casos de queda de energia.
- Turismo e Viagens: A Hurb Technologies teve um dos piores índices de solução (0,3%), frustrando consumidores com pacotes de viagem cancelados sem reembolso.
- Telecomunicações: A Claro figura na lista devido a cobranças indevidas e dificuldades no atendimento ao cliente.
- Alimentos e Delivery: O iFood cresceu no ranking por problemas com entregas erradas, não realizadas e falta de reembolso.
Em 2024, apenas 29,1% das reclamações feitas diretamente ao Procon-SP foram resolvidas, uma queda em relação aos 31,7% de 2023. Dessa forma, nos Procons municipais, o percentual de solução foi maior (54,1%).