
A intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, por sua vez, volta a impactar fortemente os mercados nesta segunda-feira (7).
Como resultado, câmbio, bolsas e commodities sofrem perdas expressivas.
Dólar sobe a R$ 5,90
No Brasil, o dólar abriu o dia em alta.
Às 10h28, a moeda norte-americana subia 1%, sendo cotada a R$5,9008.
O cenário foi influenciado pela retaliação chinesa anunciada na sexta-feira (4), quando tarifas adicionais foram impostas sobre produtos dos EUA.
Como resultado, os investidores aumentaram a busca por ativos mais seguros, como o dólar, em detrimento de ativos de risco, como ações e commodities.
Ibovespa recua com impacto direto da guerra comercial
O Ibovespa iniciou a sessão com leve queda, mas acelerou as perdas ao longo da manhã.
Às 10h28, o índice brasileiro caía 1,9%, aos 124.844 pontos.
A instabilidade é reflexo direto da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Nos Estados Unidos, os índices futuros também operam em queda.
Já na Ásia, alguns mercados registraram os piores desempenhos desde 1997, ampliando o clima de incerteza global.
Guerra comercial pressiona petróleo para mínimas de 2021
Os preços do petróleo registraram forte queda, afetados pelas tensões.
O Brent era negociado a US$63,84, enquanto o WTI caía para US$60,35.
Ambos os índices atingiram os menores níveis desde abril de 2021.
Além disso, a expectativa de recessão global, agravada pela guerra comercial, vem reduzindo a projeção de demanda por petróleo.
A possível elevação da oferta pela Opep+ também contribui para a desvalorização.
Criptomoedas despencam com instabilidade da guerra comercial
Nem o mercado cripto escapou dos impactos da guerra comercial. O Bitcoin (BTC) caiu mais de 7%, sendo negociado a US$ 76.712.
O ativo perdeu o suporte dos US$ 80 mil alcançado após a vitória de Trump nas eleições primárias.
Outros criptoativos, como Ethereum (ETH), Solana (SOL) e Ripple (XRP), também registraram quedas de até 10%.
As baixas são atribuídas ao aumento do risco global causado pela guerra comercial e à aversão ao risco por parte dos investidores.
Trump pressiona Fed no meio da guerra comercial
Donald Trump voltou a criticar o Federal Reserve nas redes sociais. Segundo ele, o banco central dos EUA deveria cortar os juros para proteger a economia.
Apesar disso, a autoridade monetária ainda adota postura cautelosa.
Conclusão
A nova fase da guerra comercial entre EUA e China desencadeou forte aversão ao risco nos mercados globais.
Dólar em alta, bolsas em queda e petróleo desvalorizado são sinais claros do impacto da disputa econômica. Investidores seguem atentos a novos desdobramentos, enquanto o cenário permanece volátil e desafiador.