Exterior em baixa

Sem adiamento de tarifas, Ibovespa fecha em baixa; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (7) com baixa de 1,31%, aos 125.588,09 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,91

Ibovespa
Foto: CanvoPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (7) com baixa de 1,31%, aos 125.588,09 pontos. O dólar comercial subiu 1,29%, a R$ 5,91.

Os investidores ao redor do mundo seguem observando o cenário que se cria em torno das tarifas de importação entre os EUA e seus parceiros comerciais. O Ibovespa chegou a ter ganhos no pregão, mas voltou a ter perdas expressivas.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com alta de 0,36%, a US$ 103,40.

No começo desta sessão, o Ibovespa virou para alta com os rumores de que a Casa Branca estaria avaliando remediar as novas medidas tarifárias de Donald Trump por 90 dias. 

No entanto, essa expectativa foi rapidamente desmentida pelo próprio governo, que negou qualquer movimentação nesse sentido. Com isso, os mercados globais voltaram ao ritmo de queda que vem sofrendo desde a semana passada.

“Trump ainda dobrou a aposta ao dizer que pode impor mais 50% sobre a taxa já aplicada na China, caso Pequim não retire as tarifas anunciadas de forma retaliatórias na semana passada”, disse Alexsandro Nishimura, diretor da Nomos.

“Esse movimento reforçou a percepção de que o cenário permanece incerto, dependendo de um possível avanço nas negociações ou de uma mudança na postura dos EUA”, prosseguiu.

No radar corporativo, os preços internacionais do petróleo tiveram mais uma sessão de quedas, influenciando as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) com novas perdas acentuadas. Enquanto isso, a Vale (VALE3) também engatou a quarta queda consecutiva.

“O IRB se destacou com ganhos de 3%, enquanto as seguradoras e empresas do setor financeiro se beneficiaram do ambiente de juros altos, que favorece essas companhias em um contexto macroeconômico desafiador”, afirmou Nishimura.

A Natura (NTCO3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 2,84%. Logo atrás, IRB (IRBR3) e Prio (PRIO3) registraram altas de 2,66% e 1,80%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Magalu (MGLU3) liderou as perdas, caindo 6,37%. Em seguida, vieram Petrobras ON 9PETR3) e Lojas Renner (LREN3), com perdas de 5,57% e 4,19%.

Altas e Baixas do Ibovespa: bancos tradicionais caem

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 5,57% e 3,97%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 1,80%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 1,20%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 3,63%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,19%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,19% e baixa de 1,07%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 1,67% e 0,45%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 6,37%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 3,34%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 1,20%.

Índices do exterior fecharam em baixa

Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta segunda-feira (7). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 3,90%, enquanto o CAC 40, de Paris, caiu 4,82%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 4,53%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 recuou 0,23% e Nasdaq alta 0,10%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,91%.