O ministro Fernando Haddad, em discurso na abertura do encontro internacional da Indústria da Construção afirmou que o setor não possui concorrência externa. Na fala, ocorrida nesta terça-feira (8), o político ainda categorizou o setor como estratégico e fundamental para a economia nacional.
Haddad citou o “tarifaço” do presidente dos EUA, Donald Trump, como novos desafios externos que serão superados com governo e setor trabalhando juntos. “As condições de desenvolvimento no Brasil têm muito a ganhar com aportes no segmento”, comentou.
O ministro relatou que busca com a equipe econômica um equilíbrio entre recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a ampliação do crédito para a população. As informações foram apuradas pelo jornal Valor Econômico.
“Estamos construindo uma solução muito elegante, que preserva o FGTS do trabalhador. Penso que teremos boas-novas a divulgar brevemente, buscando equilíbrio entre a poupança nacional e dar acesso a linhas de crédito mais baratas”, destacou o mandatário da fazenda em tom otimista.
Haddad cobra agilidade do Congresso na reforma do IR
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (7) ter expectativa de que o Congresso vote a reforma do IR (Imposto de Renda) com a mesma diligência que teve para a aprovação da reforma tributária do consumo.
O ministro reforçou que a proposta não compromete o equilíbrio fiscal e rebateu críticas de que o projeto seria populista. Haddad discursou durante o anúncio da expansão da farmacêutica Novo Nordisk, em Montes Claros (MG).
“A gente espera que o Congresso vote com a mesma diligência com que votou a reforma do consumo. Todos os trabalhadores brasileiros com carteira assinada que ganham até R$ 5 mil ficarão 100% isentos do pagamento do IR. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil não será isento, mas pagará menos do que paga hoje”, afirmou Fernando Haddad, segundo o “InfoMoney”.
“Esse projeto tem um componente adicional importante: vai cobrar imposto de quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano e atualmente não paga nada. Por isso, não compromete o equilíbrio das contas públicas”, destacou.
Ao comentar sobre críticas de que a proposta tem caráter populista, Haddad insistiu que se trata de uma medida justa e fiscalmente responsável.