
Quatro empresas do Grupo Itaú (ITUB4) fecharam um acordo com o Banco Central para reembolsar clientes por cobranças indevidas, conforme apontado em documento assinado em 31 de março. O valor total do reembolso será de R$ 253,7 milhões, relacionado a tarifas de avaliação emergencial de crédito.
Desse montante, cerca de R$ 74 milhões ainda estão pendentes. As companhias envolvidas no acordo são Itaú Unibanco, Itaú CBD, Luizacred e Itaucard.
Segundo o Itaú, aproximadamente 70% dos valores foram devolvidos aos clientes antes da formalização do acordo com a autoridade monetária, tanto pelo Itaú Unibanco quanto pelas demais empresas do grupo.
Referente ao acordo, o Itaú (ITUB4) deverá reembolsar um total de R$ 81,66 milhões pela cobrança indevida da tarifa de adiantamento a depositantes. Essa cobrança ocorria quando o cliente utilizava o serviço emergencial de crédito para realizar uma transação sem saldo em conta ou quando já havia utilizado todo o limite do cheque especial e fazia alguma retirada. No total, aproximadamente 741 mil clientes foram impactados entre março de 2014 e julho de 2021.
Já o Itaucard deverá restituir R$ 119,8 milhões aos clientes pela cobrança indevida da tarifa de avaliação emergencial de crédito. Do total, a companhia afirma que já reembolsou R$ 90,9 milhões, restando ainda R$ 28,9 milhões a serem devolvidos. As cobranças ocorreram entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2020.
A Itaú CBD, por sua vez, anunciou que reembolsará aos seus clientes um total de R$ 30,8 milhões. Até o momento, R$ 24,5 milhões já foram devolvidos, restando ainda R$ 6,4 milhões a serem reembolsados pela mesma prática. No total, mais de 893 mil clientes foram afetados entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2020.
Por fim, a Luizacred — financeira criada por meio da parceria entre Magazine Luiza (MGLU3) e Itaú — pretende devolver R$ 21,4 milhões por conta da mesma prática das outras empresas do grupo. Segundo o InfoMoney, essa infração também ocorreu entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2020, impactando mais de 586 mil clientes.
Itaú (ITUB4) nega acusações de delator da Americanas em processo judicial
O Itaú Unibanco (ITUB4) acionou a Justiça para contestar as acusações feitas por Fabio Abrate, ex-diretor da Americanas, que alegou que funcionários do banco teriam concordado em ocultar informações das auditorias da empresa, facilitando, assim, a fraude no varejista.
Em sua delação premiada, Abrate, que foi diretor financeiro (CFO) da Americanas, afirmou que a varejista pressionava os bancos a ocultar operações de antecipação de recebíveis dos auditores.
O executivo mencionou especificamente os bancos Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11), que, por sua vez, negaram qualquer envolvimento em irregularidades.