
A Casas Bahia (BHIA3) anunciou nesta terça-feira que seu conselho de administração decidiu remover da pauta da assembleia geral, agendada para o dia 30 de abril, “todas as matérias que seriam deliberadas em assembleia geral extraordinária”.
Entre os temas previstos para serem debatidos nas assembleias gerais ordinária e extraordinária estavam propostas para mudanças no estatuto da empresa, incluindo a inserção de uma cláusula de “poison pill”, conforme consta na ata da reunião do conselho divulgada no final de março.
Além disso, a empresa já havia comunicado no dia anterior que o acionista Michael Klein havia solicitado o cancelamento da assembleia marcada para 30 de abril, a qual também contemplava sua proposta para reassumir a presidência do conselho e destituir o atual presidente.
Michael Klein solicita cancelamento de convocação da AGE
Na véspera, o Grupo Casas Bahia (BHIA3) comunicou que o investidor Michael Klein, membro da família fundadora da empresa, pediu o cancelamento da convocação da assembleia geral extraordinária (AGE), que havia sido solicitada na semana anterior.
A AGE tinha como principal objetivo a remoção de integrantes do conselho de administração, incluindo o presidente Renato Carvalho do Nascimento.
Além de Nascimento, Klein também pretendia a destituição de Rogério Calderón Peres do cargo de conselheiro independente. O investidor sugeria, ainda, sua própria eleição, junto com Luiz Carlos Nannini, para ocupar os postos de conselheiros independentes em substituição aos atuais membros.
Tentativa de Michael Klein de reassumir controle das Casas Bahia (BHIA3)
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) havia afirmado no início de abril que recebeu um pedido de convocação da assembleia de acionistas por Michael Klein, da família fundadora da empresa.
A reunião tem como plano de fundo o pedido do empresário a destituição dos membros do conselho de administração da empresa, incluindo seu presidente, Renato Carvalho do Nascimento.
Klein e acionistas vinculados a ele tem 9,49% de participação nas casas Bahia. O empresário também quer a saída de Rogério Calderón Peres do cargo de conselheiro independente. Como alternativa, o executivo levanta uma eleição para ele mesmo e Luiz Carlos Nannini ocuparem as posições vagas.
A empresa afirmo que está analisando o requerimento e uma vez cumprido os requisitos aplicáveis, convocará assembleia geral em prazo útil.