Guerra comercial

EUA criticam retaliação da China e diz que país dificulta negociações

Jamieson Greer, representando do Comércio dos EUA, destacou que a “maioria dos países já disse que não vai retaliar” as tarifas de Donald Trump

EUA criticam retaliação da China e diz que país dificulta negociações

Em um novo capítulo da tensa relação entre os EUA e a China por conta da guerra comercial iniciada com as tarifas de Donald Trump, o representante de Comércio do país, Jamieson Greer, afirmou durante declarações ao Congresso que a China “fez sua escolha ao retaliar” as tarifas norte-americanas e que o país “sempre dificulta as coisas” para os EUA. 

Em contrapartida, Greer também destacou que a “maioria dos países já disse que não vai retaliar” as medidas comerciais impostas por Donald Trump na semana passada.

Além disso, o representante também demonstrou estar otimista em relação a possíveis aberturas de mercados estrangeiros. 

“Espero ver alguns países abrindo seus mercados às exportações americanas, o que ajudará a facilitar a fabricação de produtos nos Estados Unidos”, disse.

O membro do governo dos EUA ainda acrescentou que “as empresas americanas se tornarão mais eficientes quando tiverem acesso a mercados no exterior.” Quanto à atuação do governo em questões comerciais, o representante Greer reconheceu que há uma restrição por conta do Legislativo.

Greer também reforçou que a autoridade do republicano “não é ilimitada”. Porém defendeu que a adoçaõ das medidas comerciais pelo governante do país, ao afirmar que “a imposição de tarifas recíprocas não é ilegal”.

“Faremos o que a lei exige em termos de buscar a aprovação do Congresso para acordos tarifários com outros países”, afirmou ele.

Recessão nos EUA desafia mercado imobiliário brasileiro

Uma neblina de incertezas tem pairado nos mercados globais em meio à uma crescente possibilidade de uma recessão nos EUA, afetando diretamente o cenário doméstico. O sinal de alerta está aceso desde o anúncio das tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na semana passada, que se intensificou à medida que os países envolvidos foram respondendo às imposições comerciais, em tom de retaliação. 

No início desta semana a tensão foi reforçada pela análise dos especialistas do Goldman Sachs, que elevou em 45% as chances de recessão nos EUA.

No Brasil, o cenário preocupa, especialmente para setores ligados ao mercado imobiliário. Especialistas alertam para os reflexos dessa desaceleração no comportamento do crédito e do consumo local, com impactos diretos para o setor imobiliário.

Dados divulgados pelo Banco Central revelam que o saldo das operações de crédito no Brasil totalizou R$ 6,5 trilhões em fevereiro, com uma expansão de 0,4% em comparação ao mês anterior. Um cenário favorável para o mercado imobiliário é que esta alta permança estável nos próximos meses.

O dado, presente no relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito, revela uma alta impulsionada pelo aumento de 0,5% no crédito direcionado às empresas e de 0,4% nas operações voltadas às famílias, com saldos de R$ 2,5 trilhões e R$ 4 trilhões, respectivamente.