Oscilação

Petrobras: queda do Brent assusta, mas projetos são resilientes

A diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia Anjos, relatou que os projetos da estatal são resilientes a cenários de volatilidade

Fonte: Divulgação/Petrobras
Fonte: Divulgação/Petrobras

 A diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia Anjos, relatou que os projetos da estatal são resilientes a cenários de volatilidade no petróleo Brent, valor de referência para a matéria prima. “Nossos projetos são resilientes a cotação de até US$ 28 por barril”, afirmou.

Em evento na FGV (Fundação Getúlio Vargas) a diretora lembrou que é normal haver períodos de instabilidade nas cotações da comodity e que a empresa não tem feito adaptações em projetos devido a oscilação.  “A crise não é exceção, é regra. Temos alguns momentos de calma entre elas”, disse a executiva em palestra.

Quanto a expectativas sobre a liberação de licença ambiental para exploração de petróleo na foz do Amazonas, Anjos assegurou a execução da atividade de forma segura. No sábado (5) a Petrobras informou que concluiu a construção do cento de fauna no Oiapoque (AP) e recebeu uma carta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá para licença da operação.

“Precisamos avaliar o potencial daquela área, não podemos deixar o país sem isso. Temos todo o aparato para a perfuração,” comentou a diretora. A companhia ainda aguarda visita do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para vistoriar a unidade.

Ações da Petrobras (PETR4) sobem com possibilidade de cortes

Com a queda no câmbio e petróleo Brent, valor de referência para a precificação da comodity, a Petrobras (PETR4) ainda pode realizar cortes sobre o preço do diesel e da gasolina, afirma o UBS BB em relatório. As 11h15 (horário de Brasília) as ações da estatal cresciam 1,07%.

Segundo o banco, a empresa tem potencial de corte de até 10% no preço da gasolina, sendo equivalente a R$0,30 e diminuir em 5% o valor do diesel, com um corte entre R$0,15 a R$0,20. Os preços, segundo informações emitidas pela instituição, já levam em conta o aumento de R$0,17 sobre o diesel em 1º de abril.

O banco faz uma ressalva sobre o “timing” dos ajustes: “No entanto, sinalizamos que esperamos que a Petrobras mantenha os preços por mais tempo até que haja estabilidade nos mercados para apontar onde os preços e o câmbio se estabilizarão.”

Analistas destacam a pressão do governo federal para haver uma redução nos preços, com relatos de pressão por parte do ministério de Minas e Energia. O UBS BB tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 49 para as ações preferenciais.