Inflação

IPCA cresce 0,56% em março; alimentos lideram alta

Todos os grupos pesquisados tiveram alta no mês. Bebidas e alimentos cresceram 0,47%, maior alta entre os indicadores

Fonte: Canva
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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (11) o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) com alta de 0,56% para o mês de março. Todos os grupos pesquisados tiveram alta no mês. Bebidas e alimentos cresceram 0,47%, maior alta entre os indicadores e impacto de 0,25 p.p (ponto percentual) no índice.

Fernando Golçalves, gerente da pesquisa, afirmou que o clima quente nos primeiros meses do ano levou a uma maturação mais acelerada de alimentos como tomate, uma redução da oferta levou ao aumento do preço do bem.

“Para os ovos, houve aumento por conta do custo do milho, base da ração das aves, além de estarmos no período de quaresma, com maior demanda por essa proteína”, explicou. O resultado marca a maior alta para o mês desde 2003, segundo série histórica.

O grupo de transportes trouxe a segunda maior variação com crescimento de 0,46%, mas apresentou desaceleração com o mês anterior, fevereiro, onde marcou 0,61%.

O agregado especial de serviços teve redução de 0,20% ficando a 0,62% em março ante 0,82% no mês anterior. Os preços monitorados, logo controlados pelo governo, foi observado uma queda de 3,16% para 0,18%.

Outros dados

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) cresceu 0,51% em março. O acumulado do ano está em 2,00% e nos últimos 12 meses já marca 5,20%, valor superior aos 4,87% do observado nos 12 meses anteriores. Para março de 2024, o índice marcou 0,19%.

Em índices regionais, a maio variação ocorreu em Curitiba (PR) com aumento de 0,79% influenciada pela valorização nos preços da gasolina em 1,84%. A menor variação ocorreu em Brasília (-0,33%), com a redução de 24,18% no ônibus urbano.

A variação dos produtos não alimentícios em todo o país desacelerou na equiparação mensal para 0,32% em março, outrora alta de 1,72% em fevereiro. Segundo o economista da ASA, Leonardo Costa, o resultado indica uma atividade persistente que segura a inflação em determinados segmentos:

“O qualitativo do IPCA de março foi pior que o registrado pelo IPCA-15, efeito da reaceleração dos bens industrializados de uma leitura para outra, com o núcleo desse grupo voltando a acelerar após algumas surpresas baixista.”