
O dólar fechou nesta segunda-feira (14) em queda frente ao real, em uma sessão que foi, no geral, positiva para ativos de países emergentes como o Brasil. O movimento ocorreu após os EUA anunciarem isenção tarifária para alguns produtos eletrônicos, incluindo os vendidos pela China.
As expectativas dos norte-americanos para a inflação no curto prazo atingiram, em março, o maior nível desde outubro de 2023, em meio a uma deterioração na avaliação do público sobre suas finanças pessoais e perspectivas de contratação. Segundo o InfoMoney, a informação foi divulgada em um relatório do Fed (Federal Reserve) de Nova York nesta segunda-feira.
O banco afirmou que, em sua recente Pesquisa de Expectativas do Consumidor, os entrevistados veem a inflação daqui a um ano em 3,6%, superior aos 3,1% registrados em fevereiro — igualando o nível observado em outubro de 2023.
A divisa norte-americana fechou com queda de 0,30%, a R$ 5,852 na compra e na venda. Na B3 (B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,55%, aos 5.850 pontos.
‘Dólar fraco’ deve se manter com tarifas, avalia Benchimol
“Tudo me remete a termos um dólar fraco”, disse Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, nesta sexta-feira (11), durante o Advance 2025: Investindo para o Amanhã, realizado em São Paulo.
Para Benchimol, a divisa norte-americana perde força justamente em um momento em que as moedas emergentes começam a se valorizar globalmente.
A combinação entre tarifas elevadas no Brasil — com o país “fazendo o dever de casa” — e o dólar fraco pode abrir uma janela de oportunidade. Benchimol explicou que, nos últimos anos, o Brasil não avançou tanto quanto poderia, o que torna o cenário atual uma possível porta de entrada para um novo ciclo de crescimento.
Além disso, ele comentou o cenário nos EUA, que, segundo suas palavras, “era uma caldeira a pleno vapor, e se continuasse no ritmo em que estava, ela explodiria”.