
As ações da Embraer (EMBR3) apresentavam avanço no pregão desta terça-feira (15) e lideravam os ganhos do Ibovespa na sessão. As 13h17 (horário de Brasília) as ações subiam 3,86%, marcando 65,15 pontos. A alta veio após a China cancelar a entrega de um carregamento de aviões da empresa norte-americana Boeing.
Os papeis da Boeing operavam em queda nesta terça-feira após o governo chines orientar as companhias do setor de aviação do país a não realizarem compras de fabricantes norte-americanas. Segundo especialistas, a decisão de Pequim é mais uma no capítulo da guerra comercial entre EUA e China.
Segundo apuração do portal Bloomberg, as ações da Boeing caiam 1,38% as 10h na Bolsa de Nova York, após abertura do pregão. Segundo o sócio-fundador e analista da Ajax Asset Management, Rafael Passos, a subida dos papéis é reflexo de uma leitura de que a decisão tomada pela China pode abrir espaço para concorrentes como a Embraer.
China pede aos EUA que removam todas as tarifas comerciais
A China pediu, neste domingo (13), aos EUA que “eliminem completamente” suas tarifas recíprocas, após o anúncio de isenção para produtos eletrônicos como celulares e computadores.
Um porta-voz do Ministério do Comércio Chinês afirmou que “instamos os Estados Unidos (…) a tomarem medidas importantes para corrigir seus erros, eliminar completamente a prática errônea de tarifas recíprocas e voltar ao caminho certo do respeito mútuo”.
Na sexta-feira (11), o Serviço de Alfândega dos EUA anunciou a exclusão de smartphones, laptops, chips de memória e outros produtos das tarifas globais implementadas por Donald Trump.
O Ministério do Comércio da China classificou essa ação como um “pequeno passo” e afirmou estar “avaliando o impacto” da decisão.
As isenções beneficiarão empresas de tecnologia dos EUA, como Nvidia, Dell e Apple, que fabrica iPhones e outros produtos na China.
No entanto, a maioria dos produtos chineses ainda enfrenta uma tarifa geral de 145% para entrar nos EUA.