Karoline Leavitt, a secretária de imprensa da Casa Branca, disse nesta terça-feira (15) que o presidente Donald Trump acredita firmemente que a “bola está com a China” quanto às negociações da guerra comercial instalada entre os dois países.
“Tenho uma declaração adicional que ele acabou de compartilhar comigo no Salão Oval”, disse Leavitt no púlpito da coletiva de imprensa.
“‘A bola está no campo da China. A China precisa fazer um acordo conosco. Não precisamos fazer um acordo com eles”, prosseguiu.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, a China não é diferente dos outros países, exceto pelo fato de ser maior, mas que Pequim quer o que os EUA tem, que segundo ela seria o consumidor norte-americano, “ou, em outras palavras, eles precisam do nosso dinheiro”, disse.
“O presidente, mais uma vez, deixou bem claro que está aberto a um acordo com a China […] Portanto, a China precisa fazer um acordo com os Estados Unidos da América”, acrescentou Leavitt.
Na semana passada, Trump impôs uma tarifa adicional de 145% sobre todas as importações chinesas, enquanto o governo de Xi Jinping adotou tarifas de 125% contra as importações norte-americanas.
China pede aos EUA que removam todas as tarifas comerciais
A China pediu, neste domingo (13), aos EUA que “eliminem completamente” suas tarifas recíprocas, após o anúncio de isenção para produtos eletrônicos como celulares e computadores.
Um porta-voz do Ministério do Comércio Chinês afirmou que “instamos os Estados Unidos (…) a tomarem medidas importantes para corrigir seus erros, eliminar completamente a prática errônea de tarifas recíprocas e voltar ao caminho certo do respeito mútuo”.
Na sexta-feira (11), o Serviço de Alfândega dos EUA anunciou a exclusão de smartphones, laptops, chips de memória e outros produtos das tarifas globais implementadas por Donald Trump.
O Ministério do Comércio da China classificou essa ação como um “pequeno passo” e afirmou estar “avaliando o impacto” da decisão.
As isenções beneficiarão empresas de tecnologia dos EUA, como Nvidia, Dell e Apple, que fabrica iPhones e outros produtos na China.
No entanto, a maioria dos produtos chineses ainda enfrenta uma tarifa geral de 145% para entrar nos EUA.