
Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (15), enquanto as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump — que podem afetar a demanda global pela commodity — seguem no centro das atenções do mercado.
No fechamento, o petróleo tipo Brent (referência mundial), com vencimento em junho, recuou 0,32%, cotado a US$ 64,67 por barril, na ICE (Intercontinental Exchange). Já o WTI (referência dos EUA), com entrega prevista para maio, caiu 0,33%, a US$ 61,33 por barril, na Nymex (New York Mercantile Exchange).
Durante o pregão, a AIE (Agência Internacional de Energia) reduziu sua projeção para a demanda global por petróleo em 2025, citando o impacto das tensões comerciais sobre o crescimento econômico. Segundo o Valor, a agência agora estima que a demanda global crescerá 726 mil barris por dia, ante a projeção anterior de 1,03 milhão.
Nesta quarta-feira (16), o DoE (Departamento de Energia dos EUA) divulgará os dados semanais de estoques de petróleo no país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperam uma nova alta de 800 mil barris.
Opep reduz projeção de demanda por petróleo em 2025
Em seu relatório mensal mais recente, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou uma revisão para baixo na previsão de crescimento da demanda global de petróleo para o ano de 2025.
A estimativa foi reduzida em 150 mil barris por dia, agora projetando um aumento de 1,30 milhão de barris diários — número ainda robusto, mas inferior ao divulgado no mês anterior.
Essa mudança reflete tanto os dados atualizados do primeiro trimestre do ano quanto os efeitos das tarifas comerciais impostas pelos EUA. Vale lembrar que o tarifaço vêm aumentando a instabilidade no comércio global.
Incerteza econômica global influencia projeções da Opep
Além da demanda por petróleo, a Opep também cortou suas expectativas para o crescimento econômico mundial em 2024 e 2025. O relatório aponta que, embora a economia tenha mostrado um bom desempenho no início do ano, a volatilidade no comércio internacional adicionou um novo grau de incerteza às projeções de curto prazo.
“A economia global apresentou uma trajetória estável no início de 2025. Mas os desdobramentos no comércio internacional criaram um cenário menos previsível para os próximos meses”, destacou o relatório da entidade.