Bank of America

BofA: pessimismo sobre a economia é o maior em 30 anos

Segundo a pesquisa mensal do banco, 82% dos entrevistados esperam que a economia global enfraqueça

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Freepik

O sentimento dos investidores em relação às perspectivas econômicas é o mais negativo em três décadas. Contudo, o pessimismo dos gestores de fundos não está totalmente refletido em sua alocação de ativos — o que pode representar mais perdas para as ações dos EUA. A avaliação é do BofA (Bank of America).

Segundo a pesquisa mensal do BofA, 82% dos entrevistados esperam que a economia global enfraqueça. Com isso, um número recorde pretende reduzir a exposição a ações dos EUA.

“Os gestores de fundos estão extremamente pessimistas em relação ao macro, mas não exatamente tão pessimistas em relação ao mercado”, escreveram os estrategistas liderados por Michael Hartnett, conforme informou o InfoMoney. Segundo eles, o “pico do medo” ainda não se reflete nas alocações em caixa, que no momento respondem por 4,8% dos ativos — um nível que, normalmente, precisaria subir para 6% em períodos de aversão ao risco.

A elevada incerteza em relação à política comercial dos EUA e o aumento da volatilidade do mercado financeiro têm incomodado os investidores em ações. A classe está com 36% de posição “underweight” em ações dos EUA em abril, uma queda em relação ao “overweight” de 17% registrado em fevereiro — a maior contração de dois meses já observada.

BofA lucra US$ 7,4 bi no 1º trimestre de 2025, alta de 11%

Bank of America apresentou resultados sólidos no primeiro trimestre, impulsionado principalmente pelo forte desempenho da sua divisão de mercados globais.

A receita de negociação de ações atingiu um recorde histórico de US$ 2,2 bilhões — um crescimento de 17% — beneficiada pela volatilidade do mercado decorrente da política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump.

Ainda que o número tenha superado as expectativas, que apontavam para US$ 2,06 bilhões, analistas da Vital Knowledge notaram que o avanço foi menos expressivo do que o registrado por rivais como JPMorgan Chase e Goldman Sachs.

Na linha de receita líquida de juros, o banco registrou US$ 14,4 bilhões no trimestre encerrado em 31 de março, crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior e praticamente em linha com o consenso da Bloomberg, de US$ 14,36 bilhões.