A equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projeta uma queda drástica nas despesas discricionárias — os chamados gastos não obrigatórios — ao longo dos próximos quatro anos.
De acordo com a proposta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, apresentada na terça-feira (15), esse tipo de despesa deve cair de R$ 221,2 bilhões em 2025 para apenas R$ 8,9 bilhões em 2029 — uma retração de 96%.
Economistas enfatizam que os números evidenciam um estrangulamento orçamentário com potencial para paralisar a máquina pública após o atual mandato de Lula. As despesas discricionárias englobam investimentos públicos, custeio da máquina estatal e o pagamento de emendas parlamentares.
Na prática, o corte sinaliza que, se não houver mudanças no arcabouço fiscal ou revisão de regras constitucionais, o governo ficará sem margem para implementar novas políticas públicas ou manter serviços básicos funcionando a partir de 2027 — ano imediatamente após as eleições presidenciais.
Segundo as projeções oficiais, o montante disponível para esse tipo de gasto passará de R$ 208,3 bilhões em 2026 para R$ 122,2 bilhões em 2027. A tendência de queda se acentua nos anos seguintes, até chegar ao piso de R$ 8,9 bilhões ao final da década. O cenário foi classificado como “comprometedor” pelo secretário do Orçamento Federal, Clayton Montes, que afirmou: “Isso já comprometeria a realização de políticas públicas”.
Na fábrica da Nissan, Lula assina decreto que regulamenta o Mover
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira (15), do anúncio da fabricação do novo Kicks 2026, na fábrica da Nissan, na cidade de Resende, no Rio de Janeiro.
O evento contou com a presença do presidente e diretor-geral da Nissan do Brasil, Gonzalo Ibarzábal, além de executivos da empresa, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de ministros, como Fernando Haddad, da Fazenda.
Durante sua estada na fábrica da Nissan, o presidente Lula assinou decreto que regulamenta o Mover, programa de incentivo do governo federal às montadoras.
O programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) estimula investimentos em novas rotas tecnológicas e aumenta as exigências de descarbonização da frota automotiva brasileira, incluindo carros de passeio, ônibus e caminhões.