PLDO

Haddad: Fazenda ainda não discute ausência de recursos para saúde em 2027

“Não existia, em um passado recente, um volume de precatórios e de emendas. São coisas que precisam ser conversadas”, disse Haddad

Brasília (DF) 28/11/2024 - Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) (e) e Rui Costa (Casa Civil) (d) durante coletiva para explicar o pacote de gastos do governo.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília (DF) 28/11/2024 - Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) (e) e Rui Costa (Casa Civil) (d) durante coletiva para explicar o pacote de gastos do governo. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta quarta-feira (16) que o governo está tomando providências para acertar o orçamento “à medida que cada etapa for cumprida”.

O ministro também afirmou que a Fazenda não discute especificamente a possibilidade de faltar R$ 10,9 bilhões para os níveis mínimos de gastos com saúde e educação.

Essa estimativa consta nas projeções iniciais do governo para o Orçamento de 2027, no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, como apontou a reportagem de O Globo.

“A cada etapa que for cumprida, nós vamos tomando providências para acertar o orçamento. Não abrimos discussão sobre isso, estamos trabalhando. Tem muitos desafios pela frente, como a questão dos precatórios”, disse Haddad a jornalistas, de acordo com o Valor.

Além disso, o ministro defendeu que o peso dos precatórios e das emendas parlamentares sobre o orçamento do governo deve ser debatido com a população.

“Não existia, em um passado recente, um volume de precatórios e de emendas. São coisas que precisam ser conversadas”, declarou.

Haddad: reforma do IR criou um ‘constrangimento moral no País’

Em avaliação recente sobre o projeto de isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5 mil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (16) que o texto pode – e será – melhorado. Segundo ele, o governo criou um “constrangimento moral no País” com a proposta.

“Eu acredito que nós criamos um constrangimento moral no País. Olha, o que está sendo dito? O que está errado nesse projeto? A gente está a fim. Dá para melhorar? Claro, óbvio. Você tem uma ideia melhor? Até agora, não apareceu”, disse Haddad, em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil

“Levamos mais de um ano para fazer esse projeto. Então, tem que dar um tempo para o povo assimilar. Quem sabe aparece uma ideia melhor ainda, ou que aperfeiçoe. E a Fazenda, o Ministério da Fazenda, é o primeiro a se colocar de forma zero arrogante na mesa”, acrescentou Haddad.

Além disso, de acordo com o ministro, o governo quis blindar o projeto de discussões com tom de “fúria arrecadatória”, e que o único fundamento da proposta é buscar justiça social, e não elevar o nível de receitas da União.