Nova guerra comercial?

UE avalia restringir exportação aos EUA se negociação falhar

O intuito dessas restrições seria o desestímulo, se as negociações da UE com os EUA não chegarem a um resultado satisfatório, segundo a Bloomberg

União Europeia e EUA / Foto: CanvaPro
União Europeia e EUA / Foto: CanvaPro

Uma proposta para adicionar restrições em algumas exportações para os EUA está sendo estudada pela UE (União Europeia), como uma possível tática de retaliação na ampla guerra comercial que o presidente Donald Trump iniciou no mês passado, de acordo com a Bloomberg.

O intuito dessas restrições seria o desestímulo, mas somente se as negociações com os EUA não chegarem a um resultado satisfatório, disseram fontes. Atualmente, a UE enfrenta tarifas sobre cerca de € 380 bilhões (US$ 432 bilhões) de seus produtos por parte dos EUA.

Uma retaliação desse porte pelo bloco europeu marcaria uma escalada em uma disputa comercial em expansão, visto que uma resposta à altura poderia vir de Trump.

No mês passado, quando o Canadá anunciou  planos de aplicar uma sobretaxa sobre a eletricidade enviada para os EUA, o republicano ameaçou impor uma tarifa de 50% sobre metais canadenses.

Essa restrição de exportação é uma das várias opções que a UE está considerando, disseram as fontes do jornal. Entre as outras opções estão as listas adicionais de tarifas e limitações em contratações públicas para empresas americanas.

De modo geral, quando restrições como essa são implantadas, visam produtos críticos para o país e que seriam difíceis de substituir. No mês passado, a atitude da China, por exemplo, foi adicionar sete terras raras — com aplicações em smartphones a medicamentos — à sua lista de controle de exportações. Os EUA quase não têm capacidade de processamento desses metais.

EUA avançam em discussões sobre tarifas com a UE, diz Casa Branca

Após inúmeras reuniões, os negociadores dos EUA e da UE (União Europeia) estão fazendo um enorme progresso, conforme afirmou o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, nesta segunda-feira (14).

As autoridades da UE foram à Washington, capital dos EUA, para realizar as discussões sobre as tarifas do presidente Donald Trump.

“Houve muitas discussões com a UE”, disse Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, em entrevista à Fox Business Network.

“Estamos fazendo um enorme progresso. Isso será muito bom para os trabalhadores norte-americanos, especialmente para os trabalhadores automotivos norte-americanos”, prosseguiu.