Revisão

Bradesco tem novas projeções para dólar e Selic em 2025

O Bradesco também tem expectativa de que a taxa de câmbio sofra com uma possível desaceleração do crescimento na China

Banco Bradesco (BBDC4)
Banco Bradesco (BBDC4) / Foto: Divulgação

A projeção para o dólar e a Selic (taxa básica de juros) para 2025 foi revisada pelo Bradesco, que agora espera que a moeda estrangeira chegue ao fim do ano a R$ 5,80, ante os R$ 5,90 anteriores, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (17). A mesma projeção segue para o ano de 2026.

O Bradesco também tem expectativa de que a taxa de câmbio sofra com uma possível desaceleração do crescimento na China, que tenderia a causar uma depreciação da moeda brasileira, pois a demanda pelas exportações brasileiras seria menor. 

Porém, os produtos exportados para a China, além da potencial substituição das importações dos EUA, são um pouco menos sensíveis aos ciclos econômicos, de acordo com o Bradesco.

“Ainda é importante mencionar que esperamos estímulos chineses para o consumo doméstico, o que tende a preservar as importações de alimentos. Ao longo dos anos, o petróleo e os alimentos se tornaram mais importantes do que o minério de ferro na pauta exportadora”, diz o relatório, segundo o Valor.

Paralelamente, a instituição financeira também projetou que o BC (Banco Central) deve seguir o plano de elevar a Selic em 0,5 ponto percentual na próxima reunião. 

Para o Bradesco, a taxa de juros brasileira deve finalizar 2025 no patamar dos 14,25%, projeção menor do que a anterior, de 14,75%. 

A redução seria por conta da desaceleração da economia prevista para o segundo semestre, que permitirá o início do corte da taxa ainda este ano, em dezembro, segundo o banco.

Em relação à 2026, Selic deve recuar para 11,75%, projeção também menor que a anterior, de 12,25%.

Bradesco contrata executivo do Itaú para mercado de capitais

O Bradesco BBI contratou o banqueiro George Costa e Silva, que estava no Itaú BBA, para seu setor de mercado de capitais e renda variável, disseram, ao “Valor”, fontes próximas ao assunto. O executivo deve começar a trabalhar no Bradesco em julho.

A contratação ocorre cerca de dois meses depois da notícia da “Bloomberg News” de que a ex-chefe global de mercado de capitais de renda variável do banco, Claudia Bollina Mesquita, estava saindo.

Analistas preveem lentidão no ritmo de ofertas de ações no Brasil neste ano, com a escalada da taxa básica de juros. O volume caiu 17% em 2024, para R$ 29,3 bilhões, segundo dados da “Bloomberg”. Em 2024, o Bradesco.Br nomeou André Moor como seu novo diretor da divisão de banco de investimento.