
O CEO (presidente executivo) da Nvidia, Jensen Huiang afirmou nesta quinta-feira (17), que a companhia fará todos os esforços para atender a demanda chinesa. A declaração foi feita durante a reunião com autoridades do Ministério do Comércio da China.
Huang se encontrou com Ren Hongbin, presidente do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, e também teria falado com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e com o fundador da empresa de inteligência artificial Deep Seek.
“Vamos continuar colaborando com nossos parceiros chineses e explorando formas de cumprir com as regulamentações, sem comprometer o fornecimento de nossos produtos”, teria dito Huang, segundo a imprensa chinesa.
A Nvidia lidera o mercado global de chips para inteligência artificial e tem sido uma das empresas mais prejudicadas pelas medidas tarifárias do presidente Donald Trump. As vendas ao país asiático equivalem a 20% do faturamento da empresa.
Nvidia: após proibição de vendas à China por Trump, CEO visita Pequim
Menos de uma semana após jantar com o presidente dos EUA, Donald Trump, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, desembarcou em Pequim nesta quinta-feira (17), em um momento particularmente delicado para a empresa.
A visita acontece logo depois de o governo americano ter proibido a Nvidia de vender seu chip H20 AI à China, decisão que representa mais um capítulo na crescente tensão tecnológica entre Washington e Pequim.
Huang, que já visitou o país diversas vezes, foi à capital chinesa a convite de um grupo comercial local, segundo publicação de uma conta em rede social ligada à estatal Televisão Central da China.
Um vídeo divulgado pela mesma fonte mostra o executivo trocando sua tradicional jaqueta de couro preta por terno e gravata — ainda que o destino exato ou o evento que participaria não tenha sido revelado.
A visita, ainda que aparentemente protocolar, ganha um peso simbólico importante. Dias antes, a Nvidia havia alertado para uma baixa contábil de US$ 5,5 bilhões ligada às novas restrições impostas pelos EUA a produtos de inteligência artificial.
Os chips afetados, como o H20 AI, foram desenvolvidos especificamente para o mercado chinês, em conformidade com os controles anteriores.
Agora, com o novo veto, a empresa vê comprometida uma fatia relevante do seu portfólio, em meio à escalada da guerra tecnológica entre as duas potências.