O Google iniciou nesta segunda-feira (21) um julgamento antitruste nos Estados Unidos que pode resultar na venda de seu navegador Chrome. O Departamento de Justiça (DOJ) e 38 procuradores estaduais acusam a empresa de manter um monopólio ilegal no mercado de buscas online, prejudicando a concorrência.
O processo, conduzido pelo juiz distrital Amit Mehta, ocorre após uma decisão judicial recente na Virgínia que considerou o Google culpado de práticas monopolistas no setor de publicidade digital. As autoridades alegam que a empresa utilizou acordos exclusivos e integração de serviços para consolidar seu domínio, afetando negativamente concorrentes e consumidores.
Entre as medidas propostas pelo DOJ estão a venda do Chrome, a proibição de acordos que estabeleçam o Google como mecanismo de busca padrão em dispositivos e a exigência de compartilhamento de dados de busca com concorrentes. O objetivo é restaurar a concorrência no setor e limitar o poder de mercado da empresa.
O Google contesta as acusações, argumentando que as propostas são extremas e poderiam desestabilizar o mercado, aumentar os custos para os consumidores e prejudicar o desenvolvimento de tecnologias emergentes. A empresa planeja recorrer de qualquer decisão desfavorável.
O julgamento está previsto para durar três semanas e poderá ter implicações significativas para o futuro da internet e da concorrência no setor de tecnologia.
Google tem monopólio ilegal em anúncios, decide justiça dos EUA
Uma magistrada federal dos EUA concluiu que o Google exerce um monopólio no setor de publicidade digital.
A juíza Leonie Brinkema, do Tribunal Distrital do Leste da Virgínia, determinou que a gigante da tecnologia, pertencente à Alphabet, infringiu as leis de concorrência ao assumir controle indevido sobre duas áreas cruciais do ecossistema de anúncios online: a plataforma de gerenciamento de anúncios para editores (Google Ad Manager) e o sistema de leilões de anúncios (Ad Exchange).
Após o veredito, as ações da Alphabet recuaram 3,2%, enquanto os papéis da Trade Desk, empresa concorrente no ramo de tecnologia publicitária, valorizaram quase 8%.