
Conforme informado pela Mobly (MBLY3), a família Dubrule, responsável por fundar a Tok&Stok, enviou uma carta negando qualquer acordo com acionistas da empresa de móveis ou outras pessoas vinculadas para comprar ações do Grupo Toky de modo irregular.
O Grupo resultou da fusão entre a Tok&Stok e a Mobly. A carta foi uma resposta ao documento divulgado pela Mobly na terça-feira (22), onde afirmou que foram encontrados indícios de que a família Dubrule agiu de forma coordenada com o Grupo XXXLutz, empresa alemã controladora da home24, que detém 44,3% das ações da Mobly.
Os fundadores da Tok&Stok e a controladora alemã tinham o objetivo de que os Dubrule comprassem as ações adquiridas pelo XXXLutz, segundo a empresa de móveis.
Porém, a Mobly afirmou que o problema é que a aquisição seria realizada em condições diferentes daquelas divulgadas no processo de OPA (Oferta Pública de Aquisição).
Na carta enviada à Mobly, a família fundadora da Tok&Stok afirmou assumir o compromisso “irrevogável e irretratável” de pagar a todos os acionistas da empresa de móveis duas vezes o valor por ação que “eventualmente” teria sido pago à controladora home24 para alienar suas ações na OPA, segundo o Seu Dinheiro.
Com isso, a Mobly alegou que os Dubrule assumiram “de forma inusitada e sem precedentes no Brasil, o compromisso de pagar em dobro aos acionistas da Companhia quaisquer valores eventualmente pagos de forma ilegal à home24 e/ou a partes a ela relacionadas”.
Além disso, a empresa de móveis afirmou se tratar de “um claro desafio às autoridades brasileiras para que comprovem ilícitos praticados por meio de pagamentos e transações no exterior”.
Controle da Tok&Stok
A família Dubrule vem tentando retomar o controle da Tok&Stok por meio de uma OPA desde março deste ano. A fusão das duas companhias ocorreu há menos de um ano, em novembro de 2024.
A Mobly afirmou que suas denúncias se baseiam em uma investigação interna. Foi autorizado pelo conselho de administração da empresa que a diretoria tomasse as medidas cabíveis nas esferas administrativa, cível e criminal contra os Dubrule.
Paralelamente, a companhia afirmou que irá protocolar junto o pedido de cancelamento da OPA e de apuração de responsabilidades dos envolvidos junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).