A Multiplan (MULT3), companhia do setor de construção e administração de shopping centers, reportou um lucro líquido de R$ 234 milhões no primeiro trimestre de 2025, representando queda anual de 12,4%. Em relação ao mesmo período de 2024, as receitas tiveram leve alta de 0,4%, totalizando R$ 525,7 milhões.
O resultado final da Multiplan (MULT3) foi prejudicado pelo forte aumento de 64,5% nas despesas financeiras, que somaram R$ 139,6 milhões no trimestre.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia no trimestre somou R$ 400,6 milhões, equivalente a uma alta anual de 2,5%. A margem Ebitda subiu de 74,6% há um ano para 76,2%.
O faturamento com locação cresceu 5,3%, para R$ 409,2 milhões, ao passo que as receitas com venda de imóveis recuaram 12,5%, para R$ 19,4 milhões. Além disso, as receitas com serviços cresceram 14,5%, para R$ 45,3 milhões.
Entre janeiro e março, as vendas dos lojistas totalizaram R$ 5,5 bilhões, o maior valor já registrado para um primeiro trimestre, com crescimento de 7,9% no ano. Segundo o Valor, as vendas nas mesmas lojas cresceram 6,2%.
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O aluguel nas mesmas lojas subiu 7%. A taxa de ocupação dos shoppings da Multiplan passou de 95,7% há um ano para 96,3%. Já o custo de ocupação permaneceu estável em 14%.
Multiplan (MULT3): ‘Já passamos por taxas de juros maiores e crescemos’, diz CEO
A Multiplan (MULT3) destacou nesta sexta-feira (7) que 2025 deve registrar expansão nas vendas, mesmo com os receios envolvendo o aumento das taxas de juros e a desaceleração da atividade econômica. “Já passamos por taxas de juros maiores e crescemos”, disse o CEO da companhia, Kaminitz Peres, em teleconferência.
A administradora de shoppings registrou lucro de R$ 512,5 milhões no quarto trimestre de 2024, correspondendo a uma alta de 69% em relação ao mesmo período de 2023. A receita da Multiplan (MULT3) somou R$ 936,6 milhões, um incremento de 64,1% na mesma base comparativa.
Segundo os executivos da companhia, o início de 2025 aponta que a empresa está “vendendo bem”, já com alta de 15% em janeiro. “Em momentos em que o PIB caía 3%, as vendas seguiam crescendo”, afirmou, também em teleconferência, o diretor financeiro da empresa, Armando d’Almeida Neto, de acordo com o Valor.
