O Grupo Madero inicia 2024 com planos ambiciosos.
Após reestruturar sua dívida e melhorar a estrutura de capital, a rede prevê abrir até 20 restaurantes neste ano.
Em 2025, o plano é inaugurar ao menos mais 20 unidades.
A expansão marca uma nova fase da empresa, agora com operações mais eficientes e sustentáveis.
A companhia abriu quatro restaurantes no primeiro trimestre, chegando a 279 unidades.
Segundo Junior Durski, CEO do grupo, o momento atual reflete uma gestão focada em resultados.
“Com a estrutura ajustada, podemos crescer com segurança e rentabilidade”, afirmou.
Modelo híbrido impulsiona receita e atende públicos distintos do Madero
A rede aposta fortemente nas unidades híbridas, que unem as marcas Madero e Jeronimo em um único local.
Esse modelo permite atender diferentes públicos e otimiza os custos operacionais.
Como resultado, a receita consolidada atingiu R$ 478 milhões no primeiro trimestre, um avanço de 6,4% em relação ao ano anterior.
O delivery também teve papel relevante.
Representou 20% do faturamento, com aumento de 2,4 pontos percentuais.
Além disso, a rede planeja converter os contêineres e unidades Jeronimo Track para o modelo híbrido.
Grupo Madero avança no controle de custos e preserva margens
Para sustentar as margens, o Grupo Madero adotou estratégias inovadoras.
Com a alta no preço da carne, passou a usar moedores industriais importados, o que permitiu adquirir cortes mais baratos, como o acém.
Isso reduziu custos sem comprometer a qualidade.
Sendo assim, a margem Ebitda subiu de 27,6% para 31,9% em um ano.
Durski destaca que o grupo produz quase todos os insumos na cozinha central em Ponta Grossa, o que contribui para eficiência operacional.
Dívida reestruturada fortalece caixa e dá fôlego à expansão
A empresa captou R$ 200 milhões por meio de debêntures e notas comerciais.
Assim, alongou o prazo médio da dívida para 2,5 anos.
No fim de março, o caixa era de R$ 378 milhões.
O CFO Ariel Szwarc reforça que, mesmo com leve aumento da alavancagem para 1,19x Ebitda, o patamar atual está controlado.
A expectativa é reduzir esse índice para menos de 1x até o final de 2024.
IPO permanece nos planos, mas não é prioridade
Embora não dependa mais do IPO para equilibrar as finanças, o Grupo Madero ainda considera a abertura de capital.
O registro feito em 2021 segue válido.
Segundo Durski, a listagem na bolsa poderá ajudar a perpetuar o negócio, quando houver uma janela favorável no mercado.