
Novos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (30), mostrou que o Brasil abriu 71.576 vagas formais de trabalho em março.
O número do Caged no mês passado resultou de 2.234.662 admissões e 2.163.086 desligamentos pelo Brasil. Com isso, o resultado veio muito abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters, de criação líquida de 200.000 vagas.
Além disso, o saldo mensal de março se consagrou como o segundo pior para o mês desde 2020, quando teve início a crise da pandemia da Covid-19.
Os dados com ajustes mostram que foram criados 245.395 postos de trabalho no mesmo mês em 2024.
Enquanto isso, o Caged também revelou que o Brasil criou 654.503 postos de trabalho no acumulado do primeiro trimestre de 2025, também abaixo do registrado no mesmo período de 2024 (725.973 postos). No entanto, o número ainda é superior aos de 2023 (537.461 vagas) e 2022 (620.070 postos).
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, já havia antecipado, em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, do CanalGov, que o resultado do mês passado tinha sido inferior ao registrado no mesmo período em anos anteriores.
Ele apontou questões sazonais, como o fato de o Carnaval deste ano ter ocorrido em março, como motivo para a queda.
PNAD: desemprego no Brasil recua para 7% em março e atinge mínima histórica
No primeiro trimestre encerrado em março, o Brasil registrou uma taxa de desocupação de 7%, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base na Pnad Contínua.
Esse patamar representa o nível mais baixo já observado para o período desde o início da série histórica. Até então, o menor índice para trimestres encerrados em março havia sido de 7,2% em 2014.
Comparando com o mesmo intervalo de 2024, quando a taxa estava em 7,9%, o desemprego caiu 0,9 ponto percentual. Já em relação ao trimestre imediatamente anterior, finalizado em fevereiro, houve um ligeiro aumento, já que a taxa naquele período foi de 6,8%.
O número divulgado ficou exatamente dentro das previsões de mercado: segundo o Projeções Broadcast, analistas esperavam uma taxa entre 6,8% e 7,2%, com mediana em “7%”.
No primeiro trimestre encerrado em março, o rendimento médio real dos trabalhadores alcançou R$ 3.410, refletindo um crescimento de 4,0% na comparação com os três primeiros meses do ano passado.
Já o total de renda habitual efetivamente recebido pelos ocupados — a chamada massa de rendimento real — atingiu R$ 345,048 bilhões no mesmo período, registrando um avanço de 6,6% em relação ao ano anterior.