
Em anúncio emitido nesta sexta-feira (2), a Hapvida (HAPV3) comunicou ao mercado que vendeu o Hospital e Maternidade Maringá por R$ 65 milhões.
No acordo ficou determinado que o valor será pago em uma parcela de R$ 60 milhões em dinheiro, enquanto o restante dos R$ 5 milhões serão pagos em serviços hospitalares a serem utilizados por beneficiários da Hapvida.
“A venda do Hospital Maringá está alinhada à estratégia de otimização da alocação de capital da companhia e redirecionamento de foco operacional e comercial”, destacou a Hapvida em comunicado.
Além disso, a empresa reforçou que a conclusão da transação está condicionada ao cumprimento de condições precedentes, considerando também a aprovação prévia pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico).
Por fim, a Hapvida ressaltou que o Hospital Maringá seguirá sendo conduzido por seus negócios normalmente.
Dessa forma, clientes, fornecedores, colaboradores e demais partes interessadas não devem esperar quaisquer alterações na administração, relações comerciais, fornecimento e oferta de serviços até a conclusão da transação.
Oncoclínicas (ONCO3) e Hapvida (HAPV3) firmam aliança estratégica
Após seis meses de negociações, a Oncoclínicas (ONCO3) e a Hapvida (HAPV3) selaram uma parceria estratégica, para oferecer atendimento ambulatorial em oncologia. As informações pertencem ao blog do jornalista Lauro Jardim, no O Globo, em que afirmou que a parceria será oficializada nas próximas 24 horas.
Com o novo acordo, os clientes da Hapvida terão acesso aos serviços de radioterapia em todas as unidades da Oncoclínicas espalhadas pelo Brasil.
Além disso, também poderão contar com atendimento ambulatorial especializado em oncologia, inicialmente disponível apenas na cidade de São Paulo, mas com potencial para se expandir para outras regiões, como o interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Goldman reitera recomendação de compra para HAPV3
Como reflexo do aumento das contingências e os efeitos da judicialização no setor de saúde, que pressionam o lucro líquido ajustado da Hapvida (HAPV3), o Goldman Sachs reduziu o preço-alvo das ações de R$ 4,30 para R$ 4,00. No entanto, o banco manteve a recomendação de compra do papel.
Ao reiterar a compra da Hapvida, o Goldman destacou os múltiplos atraentes (P/L ajustado de 7,7 vezes para o final de 2025), que, na sua visão, oferece margem para absorver eventuais impactos negativos operacionais, regulatórios ou decorrentes da judicialização.
Paralelamente, a equipe do Goldman também prevê que, dentro da sua cobertura, a Hapvida deve apresentar um dos maiores yields (rendimentos) de fluxo de caixa livre recorrente (10,5%).
Enquanto isso, o cenário do setor de saúde tem outro fator particularmente importante para este ano que é o ciclo de alta da Selic (taxas básica de juros).
Além disso, o banco projetou que a Hapvida terá contingências totais equivalentes a 3,3% da receita em 2025, maior que a estimativa anterior de 2,6%, mas alinhada ao nível registrado no 4T24, desconsiderando impactos não recorrentes.
“O aumento das contingências, aliado a resultados financeiros mais fracos, é o principal fator por trás da revisão para baixo de nossas projeções de lucro”, afirmam os analistas do banco.