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BlackRock aumenta participação na Marcopolo (POMO4) para 5%

De forma agregada, a Blackrock passou a deter 36.333.062 ações preferenciais, o que representa 5,002% do total de ações da Marcopolo

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BlackRock / Divulgsção

Em comunicado ao mercado nesta sexta-feira (2), a Marcopolo (POMO4) informou que a Blackrock — considerada a maior gestora do mundo — adquiriu mais ações da companhia. Com isso, a norte-americano agora detém uma participação acima de 5%, de acordo com documento enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

De forma agregada, a gestora passou a deter 36.333.062 ações preferenciais, o que representa 5,002% do total de ações da companhia, em 29 de abril.

Paralelamente, a BlackRock agora detém 13.881.582 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, números que correspondem a 1,911% do total, e mais 2.647.148 ações ordinárias da Marcopolo, representando aproximadamente 0,646%.

O objetivo das participações societárias tem caráter estritamente de investimento, afirmou a Blackrock no documento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa.

Além disso, foi esclarecido que as empresas não celebraram quaisquer contratos ou acordos para regulação do exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela Marcopolo.

BlackRock foca em fundos de pensão para se destacar no Brasil

Os fundos de pensão são a nova estratégia da BlackRock como forma de se destacar no mercado brasileiro. A maior gestora de investimentos do mundo ainda não possui licença para gerir fundos de pensão em território nacional, mas seu country manager (gerente regional), Bruno Barino afirmou que o obstáculo logo será ultrapassado.

“É uma evolução natural, não tem como não estar nesse mercado e não fazer”, revelou o executivo. O setor de fundos de pensão hoje acumula um capital de R$2,9 trilhões. Apesar de gerenciar ativos em 43 países, o Brasil não está no portifólio da Black Rock.

Barino foi responsável pelo FMO (multifamily office, da sigla em inglês), uma forma de gerenciamento da riqueza de famílias, da UBS Brasil e se juntou ao fundo de investimento após a operação sair bem-sucedida.

A UBS teve uma série de ETFs (Exchange Traded Fund, da sigla em inglês) foram comprados pela BlackRock, que acabou por herdar suas operações no Brasil e adquiriu fundos de índice do banco britânico Barclays em 2009. Os ETFs tem sido a principal estratégia da BlackRock desde então.