O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores nacional, a B3, opera em queda nesta segunda-feira (5), refletindo o clima de cautela nos mercados internacionais.
Em um pregão marcado pelo feriado que manteve fechadas bolsas como a de Londres e de parte da Ásia, o índice brasileiro apresentou fortes quedas no início da manhã, já iniciando com a perda do patamar dos 135 mil pontos, alcançado no fechamento da semana anterior.
Por volta das 12h50 (horário de Brasília) o índice apresentava um recou de 1,08%, aos 133.664 pontos.
Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do Ibovespa, ao passo que a valorização era de 0,27%, cotado a R$ 5,67.
O movimento segue a tendência global diante da expectativa por decisões de política monetária nos EUA e no Brasil ao longo da semana.
O dólar também abriu a semana em baixa, em linha com o enfraquecimento da moeda americana frente a outras divisas globais. Às 10h15, a cotação do dólar recuava 0,33%, a R$ 5,63. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, caía 0,51%.
O mercado segue atento aos desdobramentos da chamada “Super Quarta”, quando tanto o Federal Reserve quanto o Banco Central brasileiro devem anunciar suas decisões sobre os juros.
Investidores acompanham com atenção os comunicados que serão divulgados após os anúncios, especialmente diante do ambiente de incerteza provocado pela guerra tarifária em curso.
Segundo Diego Costa, gerente da B&T Câmbio, “a Super Quarta se destaca como o ponto central, com decisões de juros e ações dos principais bancos centrais, o que pode gerar oscilações significativas nos mercados”.
Queda do petróleo e grandes ações pressionam o índice
Entre os principais fatores que puxavam o Ibovesoa para baixo estavam os papéis do setor de petróleo. A desvalorização nas cotações internacionais da commodity afetou diretamente ações como as preferenciais da Petrobras (PETR4), que caíam 1,82%, e da Prio (PRIO3), que registravam queda de 1,56%.
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Outros nomes de peso também contribuíam negativamente. O Itaú (ITUB4) recuava 1,07% e a JBS (JBSS3) desvalorizava 2,33%, reforçando a pressão sobre o índice.
Cogna e Yduqs sobem com rumor de fusão
Na ponta oposta, o noticiário corporativo impulsionava as ações do setor educacional. Após reportagem publicada por Lauro Jardim mencionar uma possível fusão entre Cogna e Yduqs, os papéis das companhias reagiram com força. Cogna (COGN3) subia 4,6% e Yduqs (YDUQ3), 2,6%, liderando as altas do dia no Ibovespa.
Wall Street abre com correção após rali histórico do S&P
As bolsas de Nova York também operavam em baixa no início do pregão desta segunda-feira (5), interrompendo uma sequência de nove pregões consecutivos de alta do S&P 500 — o maior rali em duas décadas.
O mercado norte-americano está em compasso de espera pela reunião do Fed na quarta-feira.
A expectativa majoritária é de que a taxa de juros permaneça inalterada, mas o foco estará na sinalização futura da autoridade monetária, principalmente com a intensificação da guerra comercial.
“O Fed manterá as taxas inalteradas em sua reunião de maio e sinalizará que continua em modo de espera — mas não indefinidamente — enquanto se prepara para que a tempestade tarifária comece a aparecer nos dados econômicos concretos nos próximos um ou dois meses”, avaliou Krishna Guha, da Evercore.
Cotação dos índices dos EUA:
Dow Jones: 0,00%
S&P 500: -0,50%
Nasdaq: -0,66%
