Exterior dividido

Ibovespa fecha em queda com pressão de commodities; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (5) com baixa de 1,22% aos 133.491 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,68

Ibovespa/Foto: CanvaPro
Ibovespa/Foto: CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (5) com baixa de 1,22% aos 133.491 pontos. O dólar comercial subiu 0,63%, a R$ 5,68.

Começando a semana pré-superquarta, o Ibovespa se viu pressionado pelo setor de commodities, com os preços do petróleo em queda.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com baixa de 0,27%, a US$ 99,76.

“O petróleo WTI e Brent enfrentaram uma movimentação muito forte de baixa, já perdem mais de 20% no ano. No mês de abril, teve o seu pior fechamento em cinco anos. Isso acontece, na minha visão, muito por conta das tarifas do Trump e uma expectativa de desaceleração de demanda mundial”, avaliou Alison Correia, analista de investimentos e sócio-fundador da Dom Investimentos.

No Brasil, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) informou que a produção de petróleo do Brasil atingiu 3,621 milhões de barris ao dia no mês de março, representando uma alta de 3,8% ante fevereiro e de 7,9% na comparação anual. 

O impulso veio do recorde registrado na extração no pré-sal, cuja produção somou 3,716 milhões de boe/d, alta de 5,2% versus fevereiro, o que marca um recorde mensal no período, e também um avanço de 10,9% ante o mesmo período de 2024.

A semana também guarda dados importantes que já estão pressionando o Ibovespa. Na quarta-feira ocorre a “superquarta”, com decisões de juros no Brasil e nos EUA. 

“A expectativa nos EUA é que a taxa de juros seja mantida. Ali, na minha visão, não é nem novidade isso e a expectativa fica em torno mesmo do que o Powell vai falar”, afirmou Correia.

“Aqui no Brasil, devemos ter alta de 0,5% indo para 14,75%, o que é muito ruim. Uma taxa de juros muito alta. E as expectativas de desaceleração inflacionária não vieram do jeito esperado, então por isso acredito que teremos mais um aumento de no mínimo 0,5%”, prosseguiu.

O especialista também analisou que as maiores altas do Ibovespa, Cogna e Yduqs se destacaram entre os investidores, por conta do rumor de fusão entre as empresas, noticiado pelo colunista do O Globo, Lauro Jardim.

A Cogna (COGN3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 8,81%, a R$ 2,84. Logo atrás, Azzas 2154 (AZZA3) subiu 3,08%, a R$ 32,78. E Yduqs (YDUQ3)  teve ganhos de 2,13%, a R$ 15,31.

Já na ponta negativa, Magalu (MGLU3)  liderou as perdas, caindo 5,04%, a R$ 8,86. Em seguida, BRF (BRFS3) perdeu 4,54%, a R$ 21,44. E  Raizen (RAIZ4) caiu 4,32%, a R$ 1,77.

Altas e Baixas do Ibovespa

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 2,81% e 3,73%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 2,64%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,30%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,80%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 1,81%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixa de 1,78% e alta de 0,76%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 0,92% e 0,55%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 5,04%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 0,18%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 5,00%.

Índices do exterior fecharam em baixa

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta segunda-feira (5). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,51, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,70%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,04%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,64% e 0,74%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,24%.