A Ford afirmou nesta segunda-feira (05), que as tarifas automotivas decorrentes da guerra tarifária mundial custarão à empresa US$ 1,5 bilhão em 2025. A empresa suspendeu seu guidance (orientação) para o restante do ano e afirma que a conjuntura afetará os lucros. A companhia estadunidense se une a seus concorrentes em previsões de perdas para este ano.
A diretora financeira da Ford, Sherry House, declarou a repórteres que espera uma alta nos preços entre 1% e 1,5% no segundo semestre do ano. A Ford anunciou o custo das tarifas como parte do seu relatório de ganhos. A decisão revelou queda acentuada nos lucros do primeiro trimestre e a diretora alertou que montadoras podem retirar incentivos aos compradores, o que aumenta o custo de compra no curto prazo.
A Ford citou sete fatores para a retirada de sua previsão de EBITDA em cifras de US$ 8,5 bilhões ajustado para este ano. O mais alarmante está na interrupção da cadeia de suprimentos em todo o setor automobilístico com a incerteza que as tarifas venham a causar no longo prazo. As ações da fabricante caíram 2,4% nas negociações após expediente nesta segunda-feira.
Ford (FDMO34) tem queda na receita no 1T25 após redução nas vendas
A Ford Motors (FDMO34) reportou lucro líquido de US$ 471 milhões no primeiro trimestre de 2025, equivalente a uma queda de 64,6% em relação ao mesmo período em 2024. Diluído por ação, o lucro ficou em US$ 0,12. A companhia também apresentou um lucro operacional ajustado de US$ 1 bilhão no primeiro trimestre.
As receitas da organização recuaram 5%, para US$ 40,7 bilhões. Segundo o relatório, a queda é decorrente de uma redução nas vendas no atacado, provocada por uma paralisação planejada em certas fábricas, relacionada ao lançamento de novos produtos e a medidas de reequilíbrio de estoque.
O faturamento da Ford Pro, divisão de veículos comerciais, caiu 16%, para US$ 15,2 bilhões, ao passo que o segmento de veículos híbridos Ford Blue recuou 3%, para US$ 21 bilhões. Por outro lado, a receita com os modelos E, da divisão de carros elétricos, aumentou em cerca de 12 vezes, para US$ 1,2 bilhão.