
O Ibovespa, principal índice acionário do mercado acionário nacional, a B3, iniciou o pregão desta terça-feira (6) no território positivo. Esta sessão traz uma atmosfera de expectativas, especialmente com a proximidade da “Super Quarta”.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o índice apresentava uma alta de 0,47%, aos 134.113 pontos.
O dólar comercial seguia o mesmo sentido do Ibovespa, ao passo que avançava 0,51%, cotado a R$ 5,71.
No cenário local, os investidores acompanham o início da temporada de resultados corporativos, com a Embraer divulgando um lucro de R$ 434 milhões no primeiro trimestre, marcando um crescimento superior a 200% em relação ao mesmo período do ano passado.
No exterior, ainda nesta manhã, os EUA divulgou que o déficit comercial atingiu um recorde em março, impulsionado pelo aumento nas importações de mercadorias pelas empresas, que se anteciparam às tarifas.
Esse movimento contribuiu para a contração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, marcando o primeiro declínio em três anos.
Mercado ajusta expectativas sobre juros com sinais da economia norte-americana
Os dados mais recentes sobre a economia dos EUA, que mostram um mercado de trabalho ainda forte e uma atividade econômica em expansão, reduziram as chances de que o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) sinalize um corte de juros em junho. Esse cenário também impactou as expectativas em relação à Selic no Brasil.
A curva de juros, que anteriormente indicava uma chance de 25 pontos-base de redução na taxa de juros do Copom, agora reforça a expectativa majoritária de um aumento de 50 pontos-base, levando a Selic para 14,75%. Já a possibilidade de um ajuste de 75 pontos-base, que parecia distante, foi reconsiderada diante das pressões fiscais e das tarifas.
No mercado brasileiro, a maioria dos economistas acredita que o Banco Central não renovará o seu “forward guidance”, deixando a decisão de junho em aberto para garantir maior flexibilidade.
Contudo, uma parcela menor de analistas ainda considera a possibilidade de o Copom sinalizar o fim do ciclo de alta.
Além da decisão de política monetária, o comunicado pós-reunião será crucial. Caso o Copom opte por um ajuste residual em junho, o texto deverá enfatizar a continuidade das pressões inflacionárias e a persistência das expectativas de alta dos preços.
Em relação ao cenário internacional, o Fed (Federal Reserve) dos EUA mantém uma expectativa unânime de estabilidade na taxa de juros, entre 4,25% e 4,50%.
A principal dúvida agora recai sobre o tom da mensagem que será transmitida após a reunião, com especial atenção para a postura de Jerome Powell, presidente do Fed, na entrevista subsequente.
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 04h55 – Alemanha: Leitura final de abril do PMI/S&P Global composto
▪️ 05h00 – Zona do euro: Leitura final de abril do PMI/S&P Global composto
▪️ 05h30 – Reino Unido: Leitura final de abril do PMI/S&P Global composto
▪️ 06h00 – Zona do euro: PPI de março
▪️ 09h30 – EUA: Balança comercial de março
▪️ 10h00 – Brasil: PMI composto da S&P Global em abril
▪️ 11h00 – EUA: Secretário do Tesouro, Scott Bessent, testemunha na Câmara
▪️ 13h00 – Haddad, participa, na Califórnia, de mesa redonda da Amcham Brasil sobre IA
▪️ 21h30 – Japão: Leitura final de abril do PMI/S&P Global composto
Eventos
▪️ 15h00 – Lula reúne ministros para discutir o escândalo do INSS
▪️ Lula embarca para a Rússia e, em seguida, à China
▪️ Primeiro dia da reunião do Copom
Balanços
▪️ Brasil/antes da abertura: Embraer
▪️ Depois do fechamento: Prio, Carrefour, RD Saúde, Vamos, Vibra Energia e Caixa Seguridade
▪️ EUA/após o fechamento: AMD e Super Micro Computer