Alta de 39%

Bradesco (BBDC4) tem lucro líquido recorrente de R$ 5,86 bi

A margem do Bradesco com clientes cresceu 15,5% na comparação com o 1TRI24, para R$ 16,7 bilhões

Fonte: Divulgação/Bradesco BBI
Fonte: Divulgação/Bradesco BBI

Na temporada de balanços das empresas brasileiras, o Bradesco (BBDC4) divulgou nesta quarta-feira (7) ter tido um lucro líquido recorrente de R$ 5,86 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma alta anual de 39,3%.

O resultado foi superior às projeções LSEG com analistas de mercado, que esperavam um lucro de R$ 5,466 bilhões.

“Nossa melhora da rentabilidade está em curso, refletindo a combinação de avanços operacionais e benefícios do plano de transformação. As perspectivas para o restante do ano seguem em linha com o guidance atual”, afirma o Bradesco em comunicado.

Enquanto isso, o lucro líquido contábil do Bradesco ficou em R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um número equivalente a 37,8% na comparação anual, ao passo que na comparação trimestral representou um avanço de 17,6%.

Além disso, a margem do Bradesco com clientes — linha financeira que reflete o ganho em operações de crédito — cresceu 15,5% em um ano, para R$ 16,7 bilhões, segundo o InfoMoney. 

Segundo o comunicado, o avanço se refletiu na margem financeira total do banco, que registrou um avanço de 13,7% no 1TRI25 em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 17,233 bilhões, mesmo com queda da margem com mercado, que ficou 26,7% menor.

Bradesco BBI reduz projeções para o petróleo e aponta ação preferida no setor

As estimativas para os preços do petróleo Brent para os próximos anos foram revisadas pelo Bradesco BBI, como um reflexo da crescente incerteza no mercado global em meio à guerra tarifária iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

As projeções para o petróleo em 2025 foram cortadas pelo banco, chegando a US$ 67. Já para os anos de 2026 e 2027, espera-se que o preço chegue a US$ 64 e US$ 65 por barril, respectivamente, ante previsões anteriores de US$ 76, US$ 73 e US$ 68 para os três anos em sequência.

Além disso, o Bradesco ajustou as estimativas trimestrais para 2025, projetando preços a US$ 76, US$ 66, US$ 64 e US$ 62. Nesta quinta-feira (24), o Brent era cotado a US$ 65.

Mesmo com a redução, o banco decidiu não rebaixar as recomendações de investimento, sob a justificativa de que as empresas que estão sob sua cobertura têm balanços sólidos e capacidade de adaptação a preços do Brent até US$ 50 por barril.

O banco segue com preferência pelos players brasileiros offshore de ciclo longo, com destaque para Petrobras (PETR4) Prio (PRIO3).

Paralelamente, Bradesco BBI ainda apontou que as dúvidas quanto à força da demanda por petróleo em 2025 estão se intensificando por conta da instabilidade nas decisões comerciais. O consenso atual prevê um crescimento de apenas 1 milhão de barris por dia (bpd).

“Do lado da oferta, é difícil imaginar que projetos de ciclo longo no Brasil e na Guiana sejam adiados (pelo contrário, a Petrobras está buscando acelerar o primeiro petróleo de sua plataforma)”, disse.