Pré-mercado

Café com BPM: bolsas sobem com possível acordo comercial dos EUA 

Embora o país envolvido ainda não tenha sido confirmado, há especulações de que se trate do Reino Unido

Foto: Freepik
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As bolsas globais iniciaram o dia em alta no pré-mercado desta quinta-feira (8), impulsionados por expectativas em torno de um anúncio importante vindo dos EUA.

O presidente Donald Trump convocou uma coletiva de imprensa para as 11h (horário de Brasília), prometendo revelar um novo acordo comercial — o primeiro de uma série, segundo ele.

Em publicação na plataforma Truth Social na noite anterior, Trump celebrou: “Grande acordo comercial com representantes de um país grande e altamente respeitado. O primeiro de muitos.”. 

Embora o país envolvido ainda não tenha sido confirmado, há especulações de que se trate do Reino Unido.

A agenda econômica desta quinta também é movimentada. Após o Federal Reserve manter os juros americanos e o Copom elevar a Selic para 14,75%, os mercados voltam suas atenções agora ao Banco da Inglaterra, que deve anunciar um corte de 25 pontos-base, reduzindo a taxa para 4,25%.

Entre os principais indicadores do dia, destacam-se as expectativas de inflação dos consumidores pelo Fed de Nova York, além do IGP-DI de abril e dos dados de produção e vendas de veículos divulgados pela Anfavea, no Brasil.

Em meio à temporada de resultados corporativos, os investidores acompanham os balanços de Ambev, CSN e Itaú Unibanco.

Na B3, o desempenho do Bradesco chamou atenção após o fechamento do mercado. Os recibos de ações (ADRs) do banco avançaram 2,38% no after hours, refletindo o lucro líquido de R$ 5,864 bilhões, acima das projeções dos analistas. A ação reverteu parte das perdas superiores a 3% registradas durante o pregão regular.

No mercado de juros futuros, aumentaram as apostas em novas altas da Selic em junho, após o Copom sinalizar que o ciclo de aperto monetário pode continuar. A ata trouxe um tom mais conservador, enfatizando a cautela diante das incertezas econômicas.

O Banco Central também encerrou o forward guidance, como já se esperava, mas reforçou os riscos que cercam o cenário atual, especialmente no que diz respeito às políticas comercial dos EUA e fiscal do Brasil, que seguem influenciando o comportamento dos ativos financeiros e a percepção dos agentes econômicos.

EUA

Os contratos futuros das bolsas americanas operam em território positivo nesta quinta-feira (8), impulsionados pela declaração do ex-presidente Donald Trump, que afirmou na Truth Social ter firmado um acordo comercial com um parceiro de destaque.

Segundo Trump, mais informações serão fornecidas em uma coletiva agendada para esta manhã. Fontes consultadas pelo New York Times sugerem que o Reino Unido seria o país envolvido na negociação.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,58%

S&P 500 Futuro: +0,87%

Nasdaq Futuro: +1,24% 

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, os principais índices fecharam majoritariamente em alta, refletindo a decisão do Federal Reserve de manter os juros nos níveis atuais.

O mercado também está atento às tratativas comerciais entre Estados Unidos e China. O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, deve se encontrar com seu homólogo chinês na Suíça ainda esta semana para discutir temas econômicos e de comércio bilateral.

Shanghai SE (China), +0,28%

Nikkei (Japão): +0,41%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,37%

Kospi (Coreia do Sul): +0,22%

ASX 200 (Austrália): +0,16%

Bolsas europeias

As bolsas europeias também apresentam ganhos, enquanto investidores absorvem uma série de balanços corporativos e aguardam novas decisões de política monetária por parte dos bancos centrais da região.

A expectativa gira ainda em torno de um possível acordo comercial entre o Reino Unido e os EUA — o primeiro desde que Washington adotou tarifas “recíprocas” contra parceiros e rivais no mês de abril.

Além disso, estão previstas para hoje decisões de juros por parte do Riksbank (Suécia), Norges Bank (Noruega) e Banco da Inglaterra, com este último devendo anunciar um corte na taxa básica.

STOXX 600: +0,25%

DAX (Alemanha): +0,79%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,03%

CAC 40 (França): +0,53%

FTSE MIB (Itália): +0,55% 

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quarta-feira (7) com baixa de 0,09%, aos 133.397,52 pontos. O dólar comercial subiu 0,62%, a R$ 5,74.

Em uma sessão marcada pela política monetária dos EUA e expectativas para a decisão dos juros no Brasil, o Ibovespa operou de lado e acabou virando para queda, apesar da força de Petrobras (PETR3;PETR4).

Radar corporativo

Na temporada de balanços das empresas brasileiras, o Bradesco (BBDC4) divulgou nesta quarta-feira (7) ter tido um lucro líquido recorrente de R$ 5,86 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma alta anual de 39,3%.

Além disso, no radar corporativo também destaca-se o balanço da Ultrapar (UGPA3) , que reportou um lucro líquido de R$ 332,8 milhões no primeiro trimestre de 2025, queda de 22,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Agenda do dia

Indicadores

▪️ 08h00 – FGV: IGP-DI de abril

▪️ 08h00 – FGV: IPC-S de maio

▪️ 09h30 – EUA: Pedidos de auxílio-desemprego

▪️ 09h30 – EUA: Custo unitário de mão de obra no 1Tri

▪️ 10h00 – Anfavea: Produção de veículos em abril

▪️ 11h00 – EUA: Estoques no atacado em março

▪️ 12h00 – EUA: Expectativas de inflação do consumidor do Fed/NY em abril

Eventos

▪️ 08h00 – Reino Unido: BC anuncia decisão de política monetária

▪️ 09h00 – Galípolo tem reunião com a Moody´s

▪️ 11h00 – Trump anuncia novo acordo comercial em coletiva

▪️ 17h00 – Haddad se reúne com representantes da Moody´s

Balanços

▪️ Brasil/antes da abertura: Ambev

▪️ Brasil/depois do fechamento: Itaú, B3, CSN, CSN Mineração, Assaí, Magazine Luiza, Alpargatas, Localiza, Rumo, Suzano, Cemig, Cogna, LWSA, Petz e Totvs