
A Rede D’Or (RDOR3) começou 2025 com um desempenho financeiro robusto, impulsionado por uma combinação de crescimento nas receitas e uma gestão mais eficiente das despesas.
No primeiro trimestre, a rede hospitalar registrou lucro líquido de R$ 1,01 bilhão, uma alta de 21,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além do avanço de 6,5% na receita líquida, que somou R$ 13,18 bilhões, e do crescimento de 6,8% no faturamento bruto, que atingiu R$ 14,1 bilhões, o grande diferencial do trimestre foi o controle rigoroso das despesas.
A empresa conseguiu zerar seus gastos operacionais, revertendo o prejuízo de R$ 109,9 milhões apurado um ano antes. Os custos operacionais, por sua vez, permaneceram praticamente estáveis, em R$ 5 bilhões.
Outro fator que contribuiu positivamente para o resultado foi a expressiva melhora nas perdas com equivalência patrimonial, que recuaram 70,2%, totalizando R$ 2,9 milhões no trimestre.
O desempenho reforça a estratégia da companhia em manter a lucratividade mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, focando em eficiência e disciplina financeira.
Rede D’Or vê avanço consistente e melhora operacional
Mesmo com leve retração na receita de suas unidades hospitalares, a Rede D’Or mostrou capacidade de adaptação no primeiro trimestre de 2025, com destaque para o forte desempenho do braço de seguros e uma operação hospitalar mais eficiente.
Entre janeiro e março, os hospitais, a divisão de oncologia e outras operações clínicas geraram R$ 5,13 bilhões em receita, um recuo de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024.
A retração, no entanto, foi mais que compensada pela expansão de 12,2% na receita vinda dos segmentos de seguros e previdência, que atingiu R$ 8,05 bilhões.
O avanço no setor de seguros — em especial com os planos da SulAmérica — refletiu não só no faturamento, mas também em indicadores operacionais: o número de beneficiários cresceu 8,5%, chegando a 5,4 milhões, enquanto a sinistralidade caiu 3,9 pontos percentuais, fechando em 78,6%.
Com um cenário de custos hospitalares em alta — que cresceram 10% no período, para R$ 5,52 bilhões — a companhia conseguiu manter seu desempenho financeiro em trajetória ascendente.
O Ebitda da Rede D’Or subiu 22,1%, totalizando R$ 2,33 bilhões no trimestre, com a margem Ebitda avançando de 15,4% para 17,7%.
A ocupação hospitalar também melhorou: a taxa de utilização dos leitos passou de 74,3% para 77%, acompanhando o aumento de 11,1% no número total de leitos disponíveis, que chegou a 13.054, dos quais 10.148 estavam em operação. Ao fim de março, a Rede D’Or contava com 79 hospitais sob sua gestão — sendo 76 próprios e 3 administrados por meio de contratos.