
Os acionistas da Oncoclínicas (ONCO3) estão cada vez mais inquietos diante da ausência de uma OPA (oferta pública de aquisição) e agora se mobilizam para rever os direitos de um dos principais investidores da rede de tratamentos oncológicos.
Os fundos ARCL II e Nova Almeida, ambos geridos pela gestora Latache, solicitaram a convocação de uma assembleia geral extraordinária para deliberar sobre a suspensão dos direitos da gestora de private equity Centaurus Capital, que atua por meio do fundo Josephina III. As informações são do Seu Dinheiro.
Na visão da Latache, a Centaurus deveria ter lançado uma OPA para os minoritários da Oncoclínicas após adquirir a fatia do Goldman Sachs na empresa, o que elevou sua participação para 31,83%.
“Embora o ônus de provar a dispensa da OPA recaia sobre a Centaurus Capital, nem ela — beneficiária indireta e gestora estrangeira sem sede no Brasil — nem o Fundo Josephina III prestaram qualquer informação, mesmo após reiterados questionamentos e decisões judiciais”, afirmou a Latache em carta enviada à Oncoclínicas.
Segundo a gestora, o “remédio estatutário” para o impasse seria a suspensão dos direitos da Centaurus, como forma de assegurar a “preservação dos interesses dos demais acionistas e da integridade das negociações do papel da Oncoclínicas”.
De acordo com comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o Conselho de Administração da Oncoclínicas avaliará a solicitação, considerando os prazos legais e estatutários aplicáveis.
Oncoclínicas (ONCO3) prepara recompra de até 52 milhões
A Oncoclínicas do Brasil Serviços Médicos (ONCO3) anunciou a abertura de um programa de recompra de até 52 milhões de ações.
Esse montante equivale a 8,78% do total de papéis ordinários em circulação no mercado.
Segundo comunicado oficial, a operação tem como objetivo maximizar a geração de valor para os acionistas.
Dessa forma, a empresa adquirirá suas próprias ações ordinárias, promovendo um melhor equilíbrio financeiro.