
O jogador português Cristiano Ronaldo, além de ser um ícone do futebol mundial, também está se consolidando como um dos maiores nomes do agronegócio em Portugal. Sua fazenda está localizada em Almeirim e já é considerada o maior império agrícola do país.
Com um investimento inicial de 50 milhões de euros, CR7, como é conhecido, apostou na produção de cenouras baby. Por meio da empresa Fresh 52, transformou o produto em snacks embalados que hoje são exportados para diversos países europeus.
O negócio tomou proporções gigantescas, e Cristiano Ronaldo anunciou mais 90 milhões de euros para ampliar suas operações, incluindo a construção de uma nova unidade de processamento em Santarém.
“Diversificar é essencial. O futebol é só uma parte do meu império”, declarou o craque, segundo o portal Bahia Agro.
O exemplo de Cristiano mostra que investir no campo é uma forma de gerar impacto positivo, movimentar a economia e inovar com visão de longo prazo.
Plantação de Cristiano havia sido adiada por conta da Covid-19
A plantação das cenouras foi adiada devido ao colapso gerado pela pandemia da Covid-19. Ainda assim, desde o início, o projeto atraiu diversos investidores, incluindo grandes nomes de Los Angeles, nos Estados Unidos.
O cultivo ganhou força com o incentivo público da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), criando, na época, cerca de 180 postos de trabalho.
A empresa Fresh 52 foi criada em agosto de 2016. Além de Cristiano Ronaldo, Luís Miguel Grosso Correia, empresário do jogador, também está à frente das negociações. Ele foi responsável por intermediar acordos com a empresa Polaris para promover o turismo de Portugal na China, como apurou o jornal O Almeirinense.
O Agro no Brasil e o grande obstáculo na consolidação: a distribuição
A tentativa de consolidar o varejo de insumos agrícolas no Brasil com promessas de escala, eficiência e inovação está ruindo. Quem afirma isso é o executivo e especialista em agronegócio, Schneider Lavoro, na qual descreve a situação como “uma bolha no agro brasileiro” e identifica a distribuição como fraqueza do mercado.
“O que acontece quando gigantes tentam dominar o agro no Brasil? Eles falham”, afirma Lavoro. Segundo ele, a tese da consolidação parecia infalível nos slides dos roadshows: centralização de compras, ganho de escala e logística otimizada. No entanto, esses planos desconsideram a complexidade regional do agronegócio brasileiro e a relação próxima entre produtores e seus fornecedores locais.
O analista destaca que o país possui mais de 20 mil pontos de venda contra cinco mil nos EUA. Um mercado concentrado permite maior controle de demanda e por consequência, maior taxa de rentabilidade nas empresas do setor. “Não é só sobre digitalizar; é sobre entender a cabeça do produtor, que ainda prefere confiar no vendedor local que visita a fazenda e toma um café do que clicar num botão de ‘finalizar compra’”, afirmou o empreendedor.