O setor de eventos no Brasil registrou o superávit de 8.202 novos empregos formais no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 39% em relação ao mesmo período de 2024.
A constatação foi divulgada nesta segunda-feira (12) pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), por meio do seu Radar Econômico.
O levantamento da entidade a respeito da geração de emprego no setor utilizou informações recentes apresentadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O estudo da entidade sobre o setor de eventos também se utiliza de dados oficiais do IBGE e da Receita Federal.
Para a Abrape, os números levantados confirmam um bom momento vivido pelas empresas do setor: em março de 2025, o estoque de empregos estava 71,3% acima do registrado em 2019 (período pré-pandemia).
Um bom volume de crescimento na geração de emprego também foi verificado em áreas como bares, restaurantes, hospedagem, publicidade e serviços gerais: houve elevação de 20,5% em comparação ao mesmo período de 2019.
De acordo com a Abrape, os bons resultados “consolidam a força da cadeia produtiva dos eventos como uma das principais geradoras de oportunidades no país”.
Perse impulsionou setor de eventos
O presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior, avalia que um dos principais responsáveis pela recuperação do segmento após os impactos da pandemia foi a implantação do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos).
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Para o dirigente, as políticas públicas implementadas nos últimos anos permitiram o fortalecimento da indústria de eventos como importante vetor econômico brasileiro.
“Os números comprovam a força desse mercado e a efetividade das ações implementadas nos últimos anos. Nós não apenas sobrevivemos, como nos tornamos vetores de retomada econômica com grande capacidade de geração de renda e oportunidades”, destacou Caramori Júnior.
Crescimento também no consumo
Os números do consumo no setor de eventos também acompanhou esse ritmo de expansão, de acordo com o Radar Econômico da Abrape.
Apenas em março de 2025, o setor de recreação movimentou R$ 11,27 bilhões, o maior valor mensal já registrado na série histórica.
No acumulado de janeiro a março, o consumo chegou a R$ 34,25 bilhões, um aumento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2024.
Para o presidente da Abrape, esse é mais um dado que comprova o fortalecimento da demanda e o impacto direto do setor no cotidiano da população.
“A consolidação do setor como um dos maiores geradores de emprego e consumo do país é o resultado de um esforço coletivo, envolvendo empresários, trabalhadores e gestores públicos. Agora é hora de manter o ritmo e continuar investindo em políticas estruturantes para garantir que esse impacto positivo se multiplique nos próximos anos”, reforçou Doreni Caramori.
