
Mulheres e homens não possuem as mesmas oportunidades dentro das empresas, e para piorar a situação das trabalhadoras do sexo feminino, a maternidade e fatores pessoais externos ainda influenciam negativamente suas chances de contratação ou promoção.
Esses são alguns dos resultados de pesquisa realizada pelo site Infojobs sobre os desafios para a mulher brasileira no mercado de trabalho.
De acordo com o levantamento, 72,4% dos entrevistados disseram acreditar que as mulheres não possuem as mesmas oportunidades que os homens dentro das empresas.
Já em questionamento apenas às mulheres, 66,7% delas afirmaram que a maternidade e fatores pessoais externos pesam de forma negativa nas suas chances de contratação ou promoção.
Desafios para as mulheres
Entre os desafios específicos apontados pelas mulheres para obter progressão funcional, destacam-se a falta de reconhecimento e oportunidades de crescimento (49,4%), a diferença salarial entre colegas do gênero masculino (38,1%), e a necessidade de provar mais suas competências do que os colegas homens (34,8%).
Segundo o relatório divulgado pelo Infojobs, os resultados obtidos pela pesquisa demonstram que, embora as mulheres ocupem posições significativas no mercado de trabalho, elas ainda são constantemente desafiadas a superar barreiras para atingir o mesmo nível de reconhecimento que os homens.
O estudo também revela que 66,3% das mulheres acreditam não ter oportunidades em cargos de liderança e investimento.
Este dado é seguido pela demanda por igualdade salarial e de oportunidades transparentes (55,5%) como uma das mais urgentes apontadas pelas mulheres.
Pouca eficácia em políticas de equidade
Outro dado demonstrado pela pesquisa seria a desconexão entre o que as empresas afirmam fazer e o que as mulheres realmente vivenciam no ambiente de trabalho.
Embora 42,5% das companhias aleguem trabalhar ativamente em temas como combate ao assédio, equidade salarial e de oportunidades, mais da metade dos entrevistados (57,5%) acredita que essas questões ainda não são tratadas de forma eficaz.
Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, disse acreditar que mesmo com uma maior presença feminina no mercado de trabalho, a equidade plena ainda está distante da realidade de muitas profissionais.
“Estruturas desiguais continuam refletindo diretamente nas carreiras das mulheres. A pesquisa revela como o mercado evoluiu em alguns aspectos, mas ainda não colocou em prática tantos outros pontos necessários para que as mulheres possam alcançar seu pleno potencial”, disse Ana Paula.