Regras novas

Trump e nova economia: o que diz Fabio Ongaro sobre o Brasil

Trump e nova economia redesenham o comércio global. Fabio Ongaro analisa riscos e oportunidades para o Brasil nas novas cadeias produtivas.

Donald Trump
Donald Trump / Foto: RS/Fotos Públicas

A agenda de Trump e nova economia desafia o equilíbrio global e abre possibilidades para países em desenvolvimento. 

O Brasil precisa agir com estratégia. Fabio Ongaro, economista e empresário, afirma que os Estados Unidos buscam restaurar sua liderança global com reindustrialização, subsídios internos e políticas comerciais mais rígidas.

Contudo, ele alerta para dois entraves sérios: o crescimento acelerado da dívida pública e a lentidão na migração de centros produtivos para áreas seguras.

Trump e nova economia redesenham o mercado global

Trump propõe tarifas contra a China, produção doméstica valorizada e stablecoins atreladas à dívida americana. 

Além disso, incentiva alianças estratégicas mais resilientes e produtivas.

Mesmo com recursos bilionários, os EUA enfrentarão barreiras estruturais. 

A transição das cadeias globais leva anos e exige estabilidade fiscal que hoje está em risco.

Brasil pode transformar riscos em vantagens competitivas

Segundo Ongaro, o Brasil pode se beneficiar com a reorganização industrial. 

Setores como agroindústria, energia limpa e biotecnologia ganham espaço nas novas cadeias produtivas.

A abundância de recursos naturais, a matriz energética sustentável e a posição geopolítica neutra fortalecem o potencial brasileiro — se houver planejamento e ação rápida.

Trump e nova economia exige resposta estratégica brasileira

Entretanto, a infraestrutura deficiente, a insegurança jurídica e o ambiente regulatório instável limitam o avanço nacional.

O Brasil precisa garantir previsibilidade e integrar-se tecnologicamente.

Além disso, deve oferecer produtividade, inovação e estabilidade para atrair investimentos e consolidar um papel estratégico no cenário global em transformação.

Protecionismo americano pode atingir exportações brasileiras

Ongaro destaca que o Brasil corre riscos reais com o avanço do protecionismo dos EUA. 

Tarifas, exigências técnicas e conteúdo local afetam setores-chave como aço e alimentos.

A diplomacia econômica deve atuar com rapidez, negociar acordos bilaterais e assegurar presença nas novas cadeias de suprimentos formadas no Ocidente.

Brasil deve escolher entre protagonismo ou dependência

O Brasil ainda tem tempo para decidir: ou se posiciona como elo confiável das cadeias globais, ou permanece como exportador de commodities.

Ongaro conclui: “A decisão é urgente. O mundo não espera”.