O Grupo Toky informou nesta segunda-feira (19) que a Justiça de São Paulo derrubou a liminar que havia suspendido parte das decisões tomadas nas assembleias realizadas em 30 de abril. A decisão foi proferida pela 1ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem da capital paulista.
Com a revogação da medida judicial, todas as deliberações aprovadas nas assembleias ordinária e extraordinária daquele dia voltam a ter efeito pleno.
Entre os principais pontos ratificados está a mudança da razão social da empresa, anteriormente conhecida como Mobly, que passa a se chamar oficialmente Grupo Toky S.A.
“Com a nova decisão, todas as deliberações das assembleias ordinárias e extraordinárias agora estão integralmente em vigor”, afirmou a companhia em comunicado ao mercado.
A mudança de identidade corporativa também trará reflexos na Bolsa de Valores. A partir da próxima segunda-feira, 26 de maio, os papéis da empresa, antes negociados sob o ticker MBLY3, passarão a ser identificados pelo novo código TOKY3, marcando o início de uma nova fase para a companhia.
A alteração de nome e identidade visual faz parte do reposicionamento estratégico do grupo, que tem buscado ampliar seu escopo de atuação para além do comércio eletrônico de móveis e decoração, setor no qual a Mobly ficou conhecida.
A empresa não deu mais detalhes, até o momento, sobre os próximos passos dessa transição, mas reforça que as deliberações aprovadas nas assembleias são parte de um plano de reestruturação mais amplo.
A liminar agora revogada havia sido concedida logo após as assembleias de abril, colocando em dúvida a validade de algumas decisões. Com a reversão judicial, a companhia reafirma a legitimidade das deliberações tomadas por seus acionistas naquele encontro.
A decisão judicial representa, portanto, não apenas uma vitória jurídica para o grupo, mas também um reforço institucional importante em meio ao seu processo de transformação.
Minoritários barram retirada de poison pill em disputa pela Toky
Os acionistas minoritários da Toky rejeitaram a proposta da controladora Home24 de eliminar a cláusula de poison pill da atual OPA (Oferta Pública de Aquisição) apresentada pela família Dubrule. Também foi negada a alteração do estatuto social que exige OPA obrigatória para compras superiores a 20% das ações da companhia.
Na assembleia realizada na manhã de 30 de abril, 59,8 milhões de ações votaram contra a proposta, enquanto os votos favoráveis somaram 54,5 milhões — número próximo ao total de ações detido pela Home24.