Estados Unidos

Morgan Stanley recomenda comprar ações dos EUA após rebaixamento

Os futuros do S&P 500 operaram no campo negativo nesta segunda-feira (19) em reação ao rebaixamento

Fonte: Pexels
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Na avaliação de Michael Wilson, estrategista do Morgan Stanley, investidores devem aproveitar eventuais quedas nas ações dos EUA como oportunidade de compra, mesmo após o rebaixamento da nota de crédito do país na última sexta-feira (16). Segundo ele, a trégua comercial com a China reduz as chances de uma recessão, o que favorece o mercado acionário no médio prazo.

Wilson vê uma maior probabilidade de correção nos mercados após o corte de rating pela Moody’s Ratings, que elevou os rendimentos dos títulos de 10 anos acima do nível crítico de 4,5%. Ainda assim, “seríamos compradores de tal queda”, escreveu o estrategista em relatório, segundo o Valor.

Rebaixamento da Nota de Crédito dos EUA

Os futuros do S&P 500 operaram no campo negativo nesta segunda-feira (19) em reação ao rebaixamento, que a Moody’s justificou com base no déficit orçamentário crescente dos EUA — um problema que, segundo a agência, mostra poucos sinais de reversão. A decisão aumentou as incertezas sobre a atratividade dos ativos americanos em um cenário global ainda marcado por instabilidade comercial.

A Moody’s foi a última das três grandes agências de classificação de risco a retirar a nota máxima da dívida dos EUA. A Fitch Ratings e a S&P Global Ratings já haviam feito o mesmo em 2023 e 2011, respectivamente.

Morgan Stanley diminui recomendação da RD Saúde (RADL3)

RD Saúde (RADL3) teve recomendação rebaixada para suas ações pelo Morgan Stanley de overwight (acima da média do mercado) para equal-weight (dentro da média do mercado). O preço-alvo foi revisto de R$30 para R$20 por ação. 

Para os analistas do banco, a farmacêutica deve enfrentar um 2025 difícil, com crescimento limitado nos preços e pressões sobre as margens. O Morgan Stanley prevê uma queda no lucro líquido anual, o que reduz o potencial de valorização dos papeis da RD no médio prazo.

A revisão de preço alvo foi motivada pelo aumento no custo de capital, onde houve aumento de 13,3% para 15,5% em um cálculo que levou em conta o risco-país.O banco aguarda sinais mais claros de recuperação de margens e gatilhos positivos que sustentem reavaliação mais otimista.