Cenário construtivo

Safra prevê Ibovespa em 170 mil pontos ainda em 2025

O otimismo do banco reflete os sinais de desaceleração da economia e o fim do ciclo de juros altos impostos pelo BC

Fonte: divulgação/ Safra
Fonte: divulgação/ Safra

O Banco Safra revisou para cima suas projeções para o desempenho do Ibovespa até o final de 2025. Segundo especialistas da instituição, a previsão é que o índice acumule de 155 mil para até 170 mil pontos, em meio à melhora nas perspectivas no cenário macroeconômico.

O contexto reforça a possibilidade de valorização de ações brasileiras tanto no mercado interno quanto externo. O otimismo do banco reflete os sinais de desaceleração da economia e o fim do ciclo de juros altos impostos pelo BC (Banco Central). Esses elementos favorecem um ambiente mais positivo para negócios no primeiro trimestre de 2025.

O Ibovespa já acumula valorização de quase 16% no acumulado do ano e está alinhado com o desempenho de outros países emergentes como México e China. O indicador expõe um ambiente de atratividade para o país em um contexto global por diversificação de ativos graças à guerra tarifária causada por Donald Trump.

Macroeconomia e perspectivas do Banco Safra

A equipe econômica do banco mantém uma visão cautelosa, embora construtiva de redução da inflação. A previsão do último Boletim Focus apontou para uma inflação de 14,75% ao ano para 2025. Analistas do Safra discordam, apontando uma redução para 13,75%.

 A combinação de política monetária ainda apertada e estímulos moderados fizeram o Banco Safra aumentar suas expectativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% para 1,7% no encerramento deste ano. 

Riscos e cenários futuros

O relatório destaca, no entanto, que o cenário ainda envolve riscos relevantes, como uma desaceleração global mais intensa (com impacto sobre commodities), uma deterioração fiscal no Brasil ou aperto. As informações foram apuradas pelo portal Exame. 

JP Morgan eleva recomendação de compra para emergentes

Ações de mercados emergentes voltaram a ser destaque no radar de grandes bancos de Wall Street. Na segunda-feira (19), O JP Morgan elevou sua recomendação de compra para ações desses países. A instituição se juntou ao BofA (Bank of América) em um coro de otimismo para ações fora dos EUA.

A decisão é impulsionada por dois fatores principais: a trégua na guerra comercial entre EUA e China e o enfraquecimento do dólar. Na semana passada, os dois países anunciaram uma trégua comercial que reduziram as tarifas por 90 dias. Os EUA cortaram as taxas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China reduziu as tarifas sobre importações americanas de 125% para 10%.