
A XP Inc. começou 2025 com o pé no acelerador e acaba de reportar um desempenho histórico no primeiro trimestre do ano.
A companhia registrou um lucro líquido ajustado de R$ 1,2 bilhão, o maior da sua história para o período.
Além disso, o número representa um salto de 20% em relação ao mesmo trimestre de 2024 e consolida uma tendência de crescimento sustentável, mesmo em um cenário sazonalmente mais desafiador.
Mas o que mais chamou a atenção do mercado foi a virada inédita nas fontes de receita: pela primeira vez, as operações de renda fixa superaram as de renda variável — um marco que reforça a força da estratégia de diversificação da empresa.
Receita da XP com renda fixa ultrapassa a variável pela 1ª vez
O grande destaque do balanço foi a performance da renda fixa, que gerou R$ 1,015 bilhão em receita no trimestre — crescimento de 44% na comparação anual.
Já as receitas com renda variável, historicamente carro-chefe da XP, recuaram 15% e fecharam em R$ 959 milhões.
Esse movimento mostra uma clara mudança de perfil dos investidores, que vêm buscando produtos mais seguros em meio à volatilidade de mercado. E a XP soube captar essa mudança de comportamento como ninguém.
O varejo financeiro continua sendo o motor da XP, com receita de R$ 3,441 bilhões — uma alta de 10% em 12 meses. Apesar da leve queda de 4% no trimestre, o crescimento anual mostra resiliência e confiança dos clientes na plataforma.
A captação líquida totalizou R$ 24 bilhões entre janeiro e março, com destaque para os R$ 20 bilhões vindos do varejo. Mesmo com uma queda modesta de 1% frente ao último trimestre, houve um expressivo avanço de 53% em relação a 2024.
XP anuncia novo programa de recompra de ações de R$ 1 bilhão
Além dos números operacionais, a XP também comunicou ao mercado a conclusão do último programa de recompra de ações e o início de um novo. Estima-se R$ 1 bilhão.
A medida, somada à distribuição de R$ 2 bilhões em dividendos no fim do ano passado, reforça a confiança da empresa em sua trajetória de crescimento.
O lucro por ação (EPS) subiu 24% no ano, chegando a R$ 2,29, impulsionado justamente pelas recompras. Já o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) alcançou 24,1%, 340 pontos-base acima do registrado no último trimestre de 2024.
O total de ativos sob custódia atingiu R$ 1,328 trilhão, com alta de 13% na comparação anual. Portanto, desse montante, R$ 119 bilhões vieram de novos aportes e outros R$ 32 bilhões da valorização dos ativos no mercado.
A base de clientes ativos permaneceu estável, com 4,693 milhões, mas houve crescimento anual de 2%.
Em suma, a força de distribuição, formada por assessores de investimentos, somou 18,1 mil profissionais, um crescimento de 2% em 12 meses, mesmo com leve queda trimestral de 1%.