Devedores

Inadimplência rural fica estável em 7,6% no 4T24, afirma Serasa

Os números consideram dívidas vencidas há mais de 180 dias e que foram contraídas junto a empresas de setores

Fonte: Pexels
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Um levantamento feito pelo Serasa Experian mostrou que a inadimplência da população rural atingiu 7,6% no quarto trimestre de 2024. O número apresentou estabilidade quando comparado ao terceiro trimestre de 2024, mas apresentou crescimento de 0,8 p.p (ponto percentual) em relação ao quarto trimestre de 2023. Os dados foram divulgados pelo Serasa nesta segunda-feira (26).

Os números consideram dívidas vencidas há mais de 180 dias e que foram contraídas junto a empresas de setores que se relacionam às principais atividades do agronegócio. “O cenário de estabilidade reflete, principalmente, o aperto da política de crédito dos credores e a resiliência de grande parte do setor, que mesmo com desafios de custos e de perdas, segue honrando seus compromissos”, diz Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian.

Segundo o dirigente, cultivar o equilíbrio entre demanda e concessão é essencial para manter um consumo de crédito saudável em toda a cadeia. ““Os modelos preditivos aplicados em ferramentas de análise e gestão de risco, e um mercado mais criterioso sobre a tomada de recursos financeiros também reduzem a negativação”, afirma.

Impacto da Inadimplência por porte de produtor

A pesquisa mostrou que, em relação ao porte do produtor, os pequenos foram os menos afetados, com uma inadimplência que atingiu 6,9%. Em sequência, vinham os médios proprietários de terra e aqueles que não possuíam registro de informação rural, como arrendatários ou grupos econômicos, com 9%. Os grandes produtores foram os que mais apresentaram dívidas não pagas, com 10,2%.

Análise regional da inadimplência

Para elaborar a inadimplência do setor, a Serasa considera apenas pessoas físicas com dívidas vencidas com mais de 180 dias e até cinco anos, somando pelo menos R$ 1.000. A região sul segue com a menor taxa de inadimplência do país, de 5,1%. Por outro lado, o Norte do Brasil, que inclui no noroeste do Maranhão e exclui Rondônia e Tocantins, teve o maior percentual, de 11,3%.

A pesquisa considera os débitos que estão relacionados ao financiamento e atividades do agronegócio nas categorias instituições financeiras; setores agros, que englobam agroindústria de transformação, comércio atacadista agro, etc.; e outros setores, como seguradoras, transporte de carga, armazenamento, entre outros.