O euro atingiu seu maior valor em um mês na comparação com o dólar norte-americano nesta segunda-feira (26) após o presidente dos EUA, Donald Trump recuar no tom das tarifas de 50% sobre importações da UE (União Europeia). A nova data para vigência das medidas é 1º de junho, após o bloco requisitar mais tempo para “chegar a um bom acordo”.
A moeda norte-americana permanece em queda no câmbio internacional à medida que as reversões das políticas de Trump, assim como projetos de lei com gastos e cortes de impostos afastam investidores ativos dos EUA. “O tema ‘Sell America’, que obviamente foi o tema dominante em Abril, está de volta”, afirmou Ray Attril, chefe de pesquisa de câmbio do National Australia Bank.
“Os mercados provavelmente têm a opinião – e provavelmente com razão – de que a situação tarifária entre os EUA e a UE não chegará a 50%, mas como chegaremos lá é, francamente, uma incógnita no momento”, alertou. As ações na Europa operam em alta nesta segunda, nos EUA, é feriado de Memorial Day. O índice do dólar se aproxima do menor nível em quase dois anos.
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O euro chegou a subir 0,55%, marcando US$ 1,1418 pela primeira vez desde abril, de acordo com o FXCM . Há pouco, estava subindo ,17%, a US$ 1,1375, elevando os ganhos do ano até agora para 10%. Grande parte do declínio do dólar se deveu a valorização da moeda europeia, reflexo de investidores a procura de mercados fora dos EUA.
Euro como alternativa ao dólar
A moeda única pode se tornar uma alternativa viável ao dólar, a moeda de reserva mundial, se os governos conseguirem fortalecer a arquitetura financeira e de segurança do bloco, disse a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, nesta segunda-feira.
“As mudanças em curso criam a janela para um ‘momento global do euro'”, disse Lagarde em uma palestra em Berlim. “O euro não ganhará influência por default (padrão), ele terá que conquistá-la.”
